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O câncer é um problema de saúde pública, sendo responsável por 12% das mortes em todo o mundo. Anualmente, mais de 9 milhões de pessoas morrem em decorrência da doença.
O Instituto Nacional de Câncer José de Alencar Gomes da Silva (Inca) prevê que, no Brasil, ocorrerão 625 mil novos casos de câncer para cada ano do triênio 2020-2022. O Inca afirma, ainda, que as mortes vêm aumentando e isso pode ter várias razões: o envelhecimento da população, o crescimento populacional, a mudança da prevalência e a distribuição dos fatores de risco.
Atualmente, a maior parte dos cânceres está associada a condições socioeconômicas e hábitos de vida decorrentes da urbanização, como o sedentarismo e uma alimentação não saudável.
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A prevenção do câncer
O Inca indica que as principais maneiras de prevenir a incidência do câncer são manter uma nutrição adequada, evitar o sedentarismo, evitar o consumo de álcool e tabaco e estar dentro do peso corporal ideal.
Segundo o Ministério da Saúde, de 30% a 50% dos casos de câncer poderiam ser prevenidos com hábitos de vida saudáveis. Apesar de alguns fatores serem imprevisíveis, como mutações genéticas, outros poderiam ser modificados ao longo da vida, evitando a ocorrência da doença.
Além disso, segundo o Inca, a atenção a esses pontos-chave de prevenção poderia diminuir a incidência de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), como pressão alta e diabetes.
Nutrição e câncer
A nutrição tem importante papel na prevenção e no desenvolvimento do câncer. Algumas substâncias específicas presentes em alimentos ou em bebidas podem ser carcinogênicas, ou seja, com o potencial de estimular o desenvolvimento do câncer no organismo. Além disso, uma dieta inadequada favorece o aumento do peso, o que pode alterar o metabolismo corporal, originando um ambiente propício para o aparecimento da doença.
Para prevenir ou controlar o câncer existem três pontos principais relacionados a nutrição que precisam de atenção:
1. Frutas, leguminosas e vegetais
De acordo com o Inca, esses grupos de alimentos contêm micronutrientes e fitoquímicos com fatores que impedem a formação de tumores. Esses alimentos são fontes de vitaminas e minerais como vitamina C, vitamina E, ácido fólico e selênio.
O Ministério da Saúde apresentou um relatório sobre dieta e câncer, no qual afirma que estudos científicos realizados em células e em roedores constataram que fitoquímicos podem ser anticancerígenos; são eles: carotenoides, fibras dietéticas, flavonoides e fenóis.
2. Carne vermelha e carne processada
Existe associação entre o consumo de carnes vermelhas e processadas com o aparecimento de diversos tipos de cânceres. Carnes cozidas em altas temperaturas apresentam a formação de substâncias que têm potencial de gerar mutações nas células corporais. Essas, por sua vez, foram relacionadas ao desenvolvimento de tumores.
Em alimentos embutidos, o alto teor de sal pode causar efeitos negativos no revestimento do estômago, ocasionando a colonização por bactérias. O Incarecomenda que o consumo de carne vermelha e processada seja limitado a 500 gramas por semana.
3. Bebida alcoólica
A ingestão de álcool favorece diversas vias que elevam o risco de câncer. Após ser metabolizado no organismo, o álcool é convertido em uma substância chamada acetaldeído, que pode ter potencial carcinogênico para células presentes no cólon. Além disso, o álcool pode auxiliar a entrada de substâncias nocivas na célula, como o tabaco, pois atua como solvente.
A nutrição é fator fundamental no cuidado com a saúde. O padrão de alimentação no Brasil tem mudado nos últimos anos, e os cidadãos têm trocado o consumo de alimentos tradicionais pelo de ultraprocessados, o que contribui com o aumento de peso.
Para educar a população sobre esse assunto o Ministério da Saúde lançou o Guia Alimentar para a População Brasileira, no qual podem ser encontradas informações confiáveis a respeito de uma alimentação saudável e adequada.
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Fonte: Instituto Nacional do Câncer, Ministério da Saúde.