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Radiação na Saúde: quais são os cuidados no trabalho?

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A exposição à radiação ionizante acima do nível seguro leva a uma variedade de efeitos agudos e crônicos. Por isso, os profissionais da Saúde que lidam com radioatividade precisam tomar uma série de cuidados para evitar, ao máximo, a exposição aos materiais radioativos.

No Brasil, essas precauções estão sintetizadas no Programa de Proteção Radiológica, editada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que estabelece diretrizes para procedimentos de controle das exposições ocupacionais e define as medidas de proteção a serem adotadas.

O regulamento prevê medidas para garantir as exposições ocupacionais dentro dos níveis de dose estabelecidos pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), como técnicas, equipamentos, acessórios, processos de trabalho, garantia de qualidade e níveis de referência para diagnósticos.

Prevenção e proteção da radiação na área de Saúde

Sinalização de áreas radioativas é essencial para proteção de profissionais e pacientes. (Fonte: Pipo Quint/Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares/Reprodução)

A exposição à radiação pode ser acumulada ao longo do tempo, por isso reduzir ao máximo cada contato com fontes radioativas é fundamental para preservar a saúde de profissionais e pacientes. A dose absorvida pelo organismo depende do tempo de exposição, distância e blindagem.

Quanto mais distante do material radioativo, menor é a intensidade da radiação. Materiais como o chumbo, considerado padrão ouro para blindagem de emissões radiativas, são utilizados como barreira física para impedir o contato direto.

As salas onde são realizados procedimentos radiológicos são áreas de acesso controlado com sinalização e barreiras físicas de proteção. Quando utilizada a radiação, uma sinalização luminosa vermelha deve estar visível acima da porta de acesso, que deve conter inscrições de entrada restrita ou proibida para pessoas não autorizadas.

Dentro da sala, tanto o paciente quanto o profissional devem usar equipamentos individuais, como aventais, óculos, luvas, protetores de tireoide, entre outros, a depender de como será realizada cada exposição. Esses dispositivos são caros e podem ser desconfortáveis, mas são essenciais para a proteção.

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Como monitorar a exposição à radiação?

Barreiras físicas garantem proteção contra radioatividade. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)

Além do uso de equipamentos individuais e coletivos, uma série de medidas são importantes para manter o controle da exposição a elementos radioativos. Normas, rotinas, protocolos e procedimentos operacionais devem ser estabelecidos e seguidos com rigidez para evitar os danos potenciais da radiação.

Os profissionais que são expostos devem ser monitorados, inclusive com dosímetros individuais, acompanhando a adequação dos níveis de exposição aos limites toleráveis. Um laudo radiométrico deve ser emitido para os locais que utilizam materiais radioativos, com medições dentro e fora da área controlada.

Em caso de suspeita de exposição ambiental, uma investigação é aberta para verificar se houve doses que atingiram ou ultrapassaram os níveis seguros, com notificação imediata ao Centro de Medicina Nuclear (CMEN) e às autoridades sanitárias competentes.

Como agir em um acidente radioativo?

Apesar de todos os cuidados, acidentes radioativos podem acontecer, e as consequências podem ser desastrosas. A maior parte do perigo está ligada à produção de energia nuclear, a exemplo do acidente em Chernobyl e Fukushima. Entretanto, o Brasil já teve problemas com o descarte inadequado de Césio-137 em Goiânia no final da década de 1990.

Em caso de uma situação de emergência, as pessoas devem procurar um abrigo e manter as portas e janelas fechadas. Se possível, desligar os ventiladores, ares-condicionados e unidades de aquecimento de ar que o trazem de fora. Como os materiais radioativos ficam mais fracos com o tempo, depois de 24 horas pode ser seguro sair da área.

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Fonte: Radioproteção na prática, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

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