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Autismo e síndrome de Asperger: você sabe a diferença?

Apresentando características semelhantes, síndrome de Asperger e autismo podem ser confundidas, com muitas pessoas acreditando se tratar do mesmo distúrbio, mas, ao contrário do que possa parecer, as condições são diferentes.

A síndrome de Asperger é caracterizada por dificuldades de interação social, verbal ou por gestos, afetando as capacidades de socialização, o contato com o mundo externo e a expressão de emoções. Padrões de comportamento repetitivos e interesses restritos são outras marcas dela.

As causas não são totalmente conhecidas, mas acredita-se que o distúrbio tenha relação com fatores genéticos e ambientais. A nomenclatura foi dada em homenagem ao psiquiatra e pesquisador austríaco Hans Asperger, responsável por descrever os sinais da perturbação pela primeira vez, em 1944.

Dificuldade para se comunicar e se relacionar é uma das características da síndrome. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)

Décadas mais tarde, em 2013, a síndrome passou a ter os sintomas incluídos no transtorno do espectro autista (TEA), começando a ser tratada como uma forma mais “leve” de autismo e aumentando a confusão entre as duas condições. Apesar da mudança, o nome antigo ainda é utilizado.

Sintomas da síndrome de Asperger

Asperger ou autismo? Conheça os principais sinais da síndrome.

A intensidade dos sintomas varia, sendo, em determinados casos, de difícil identificação nos primeiros anos de vida. Assim, muitos diagnósticos só acontecem na fase adulta, depois que a pessoa já enfrentou problemas para se comunicar e se tornou ansiosa.

O diagnóstico de Asperger deve ser feito por psicólogos, mas o trabalho pode incluir outros profissionais, como pediatras e neurologistas. Na consulta, acontece uma análise completa do perfil do paciente para entender as origens do comportamento e determinar se o caso envolve a síndrome.

O que difere as condições?

A principal diferença entre síndrome de Asperger e autismo é a intensidade dos sintomas. No primeiro caso, o paciente pode apresentar características comuns de TEA “clássico”, incluindo distanciamento e comportamentos repetitivos, porém aparecendo de forma relativamente mais branda, sem comprometer totalmente as interações e as relações.

Asperger nem sempre é diagnosticada na infância. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)

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Além disso, Asperger não causa dificuldade de aprendizado generalizada nem tem associação com comportamentos agressivos. Nos quadros mais “leves”, a pessoa apresenta autonomia maior em comparação com a versão “clássica” do autismo, levando uma vida praticamente “normal”.

Quando acontece o diagnóstico da síndrome, a pessoa pode passar por tratamento psicológico e, dependendo do caso, fazer sessões de fonoaudiologia, se houver dificuldade para se expressar verbalmente. O uso de medicamentos para ansiedade, depressão, déficit de atenção ou hiperatividade é outra possibilidade, se esses sintomas acompanharem a condição.

Fonte: Dráuzio Varella, Tua Saúde, Unifesp, Ministério da Saúde

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