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Mioma (ou fibroma) é uma doença que afeta cerca de 50% das mulheres; as mais propensas a desenvolver essa condição são negras, obesas ou que ainda não têm filhos. Confira detalhes e entenda melhor o distúrbio.
O que é mioma
Miomas são tumores benignos do útero causados por um distúrbio hormonal que faz que as células do tecido muscular da região se multipliquem de forma desordenada, enovelando as fibras musculares uterinas e formando nódulos. Vale destacar que, em sua maioria, os miomas são múltiplos, ou seja, quase sempre aparecem mais de um.
Não se sabe exatamente o que desencadeia o mioma, mas o hormônio estrogênio é apontado como o principal causador da doença, considerando que a maior incidência dos casos ocorre no auge da fase reprodutiva da mulher, durando até a chegada da menopausa, quando os níveis hormonais diminuem significativamente.
Além disso, pode ser classificado em três tipos, variando de acordo com a região do útero em que o tumor se desenvolve:
- mioma subseroso — Aparece na parte mais externa do útero;
- mioma intramural — Surge dentro das paredes uterinas;
- mioma submucoso — Fixado na parte interna, dentro da cavidade do útero.
Sintomas e diagnóstico
Geralmente, não há sintomas da doença. No entanto, a depender do tamanho, do estágio e da quantidade de miomas, podem aparecer sinais como:
- sangramento uterino anormal;
- pressão na bexiga;
- dor abdominal;
- dor lombar;
- dificuldade para engravidar;
- dor pélvica com hemorragia.
Por ser majoritariamente uma doença assintomática, cerca de 80% das mulheres só descobrem os miomas e recebem o diagnóstico com a realização de exames ginecológicos de rotina (como ultrassom) ou durante a avaliação clínica feita por ginecologistas.
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Tratamentos e cuidados
Mesmo quando não há sintomas e ocorre o diagnóstico, é preciso realizar tratamento. Basicamente, há duas opções: terapia medicamentosa ou intervenção cirúrgica, com indicação que varia de acordo com o quadro de cada paciente.
Quando o médico opta por introduzir o uso de medicamentos, podem ser prescritas opções de uso oral ou injetáveis. No geral, são utilizados anti-inflamatórios não hormonais, drogas inibidoras hormonais e progestógeno.
Em caso de mulheres acima dos 35 anos e com filhos, pode ser indicada a cirurgia de histerectomia, que consiste na retirada completa do útero. Quando a paciente deseja manter o útero, é possível que seja recomendada a cirurgia para remover apenas os miomas, mas há grande possibilidade de que surjam novos.
No caso de mulheres diagnosticadas com mioma e que ainda desejem engravidar, é preciso fazer um tratamento especial, considerando que os nódulos podem prejudicar a fertilidade e até mesmo provocar abortos espontâneos. Inclusive, caso a mulher engravide enquanto tiver os miomas, podem ocorrer complicações como parto prematuro, devido ao aumento volumétrico dos tumores. No entanto, após o parto, os miomas devem ser removidos cirurgicamente.
Por fim, quando a mulher simplesmente não deseja realizar um procedimento cirúrgico, a equipe médica pode sugerir o tratamento de embolização, que consiste em obstruir as artérias do útero com partículas sólidas capazes de reduzir a chegada de sangue aos miomas. Como consequência, diminui-se o volume uterino e a quantidade de nódulos.
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