Associada ao desenvolvimento de hipertensão e de diabete, entre outras doenças, a obesidade no Brasil vem crescendo nos últimos anos. Dados do Ministério da Saúde apontam que o índice de obesos em todo o País chegou a 22,35% em 2021, superando os registros de 2020 (21,55%) e de 2019 (20,27%).
O aumento na quantidade de pessoas que estão acima do peso sugere desequilíbrios na alimentação e baixa adesão à prática regular de atividades físicas, condições que influenciam diretamente no ganho de peso. Em relação aos exercícios físicos, o Brasil é também o país mais sedentário da América Latina, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Para mudar esse quadro, o governo brasileiro tem realizado algumas ações que objetivam ajudar a prevenir e a controlar a doença e têm como base a Estratégia Intersetorial de Prevenção e Controle da Obesidade, fomentada pelos setores que compõem a Câmara Intersetorial de Segurança Alimentar (Caisan).
Na estratégia, são incluídas orientações nos níveis federal, estadual e municipal para enfrentar a doença e melhorar a qualidade de vida da população, já que a obesidade pode ser considerada uma epidemia no País, de acordo com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM).
Eixos de ação para prevenir e controlar a obesidade
As recomendações para prevenir e controlar a doença, dadas pelo governo aos Estados e aos municípios, são pautadas em seis eixos de ação:
- disponibilidade e acesso a alimentos adequados e saudáveis;
- ações de educação, comunicação e informação;
- promoção de modos de vida saudáveis em ambientes específicos;
- vigilâncias alimentar e nutricional;
- atenção integral à saúde do indivíduo com sobrepeso e/ou obesidade na rede de saúde;
- regulação e controle da qualidade e da inocuidade de alimentos.
O objetivo é articular medidas relacionadas a causas sociais, econômicas, ambientais e políticas, contribuindo para o enfrentamento da situação. A Saúde também está entre os setores que atuam na prevenção da doença, por meio de estratégias como o Programa Saúde na Escola (PSE) e o Programa Academia da Saúde (PAS).
Discussões sobre a regulação da publicidade, do marketing e da comercialização de alimentos, principalmente aqueles voltados ao público infantil, são outros tipos de ação. Há ainda o envolvimento do Sistema Único de Saúde (SUS) para garantir o atendimento imediato às pessoas com problemas de peso.
Ações individuais
Além das medidas gerenciadas pela Secretaria de Atenção Primária à Saúde, responsável por definir os eixos, há as ações individuais para a prevenção da obesidade. Cuidar da alimentação é uma delas, dando preferência a produtos saudáveis, bem como regular a quantidade de alimento em cada refeição e reduzir o consumo de bebidas alcoólicas.
Leia também:
- Quanto tempo leva para perder peso com saúde?
- O que é obesidade infantil e de que modo preveni-la?
- Como a alimentação saudável influencia na prevenção de doenças?
Outra ação recomendada é a prática de atividades físicas com frequência para queimar calorias e melhorar as funções cardíacas, considerando que treinos funcionais e musculação também ajudam na queima da gordura e no ganho de massa muscular. Tais medidas exigem maior comprometimento para prevenir a doença, que surge quando a pessoa apresenta Índice de Massa Corporal (IMC) acima de 30, sendo este um dos principais parâmetros para o diagnóstico.
Quer saber mais? Assista aqui à opinião de nossos parceiros especialistas em Saúde.
Fonte: Secretaria de Atenção Primária à Saúde, Agência Brasil, IPEMED