Principais medidas para a prevenção e o controle da obesidade

22 de outubro de 2022 4 mins. de leitura
Mais de 22% dos brasileiros estavam obesos em 2021, o que reforça a necessidade de ações de prevenção

Associada ao desenvolvimento de hipertensão e de diabete, entre outras doenças, a obesidade no Brasil vem crescendo nos últimos anos. Dados do Ministério da Saúde apontam que o índice de obesos em todo o País chegou a 22,35% em 2021, superando os registros de 2020 (21,55%) e de 2019 (20,27%).

O aumento na quantidade de pessoas que estão acima do peso sugere desequilíbrios na alimentação e baixa adesão à prática regular de atividades físicas, condições que influenciam diretamente no ganho de peso. Em relação aos exercícios físicos, o Brasil é também o país mais sedentário da América Latina, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Para mudar esse quadro, o governo brasileiro tem realizado algumas ações que objetivam ajudar a prevenir e a controlar a doença e têm como base a Estratégia Intersetorial de Prevenção e Controle da Obesidade, fomentada pelos setores que compõem a Câmara Intersetorial de Segurança Alimentar (Caisan).

O número de obesos no Brasil cresceu durante a pandemia. (Fonte: GettyImages/Reprodução)

Na estratégia, são incluídas orientações nos níveis federal, estadual e municipal para enfrentar a doença e melhorar a qualidade de vida da população, já que a obesidade pode ser considerada uma epidemia no País, de acordo com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM).

Eixos de ação para prevenir e controlar a obesidade

As recomendações para prevenir e controlar a doença, dadas pelo governo aos Estados e aos municípios, são pautadas em seis eixos de ação:

  1. disponibilidade e acesso a alimentos adequados e saudáveis;
  2. ações de educação, comunicação e informação;
  3. promoção de modos de vida saudáveis em ambientes específicos;
  4. vigilâncias alimentar e nutricional;
  5. atenção integral à saúde do indivíduo com sobrepeso e/ou obesidade na rede de saúde;
  6. regulação e controle da qualidade e da inocuidade de alimentos.

O objetivo é articular medidas relacionadas a causas sociais, econômicas, ambientais e políticas, contribuindo para o enfrentamento da situação. A Saúde também está entre os setores que atuam na prevenção da doença, por meio de estratégias como o Programa Saúde na Escola (PSE) e o Programa Academia da Saúde (PAS).

Má alimentação e sedentarismo estão entre as principais causas da doença. (Fonte: GettyImages/Reprodução)

Discussões sobre a regulação da publicidade, do marketing e da comercialização de alimentos, principalmente aqueles voltados ao público infantil, são outros tipos de ação. Há ainda o envolvimento do Sistema Único de Saúde (SUS) para garantir o atendimento imediato às pessoas com problemas de peso.

Ações individuais

Além das medidas gerenciadas pela Secretaria de Atenção Primária à Saúde, responsável por definir os eixos, há as ações individuais para a prevenção da obesidade. Cuidar da alimentação é uma delas, dando preferência a produtos saudáveis, bem como regular a quantidade de alimento em cada refeição e reduzir o consumo de bebidas alcoólicas.

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Outra ação recomendada é a prática de atividades físicas com frequência para queimar calorias e melhorar as funções cardíacas, considerando que treinos funcionais e musculação também ajudam na queima da gordura e no ganho de massa muscular. Tais medidas exigem maior comprometimento para prevenir a doença, que surge quando a pessoa apresenta Índice de Massa Corporal (IMC) acima de 30, sendo este um dos principais parâmetros para o diagnóstico.

Quer saber mais? Assista aqui à opinião de nossos parceiros especialistas em Saúde.

Fonte: Secretaria de Atenção Primária à Saúde, Agência Brasil, IPEMED

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