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O envelhecimento faz parte do ciclo da vida. Normalmente, durante a terceira idade, as pessoas precisam de mais cuidados e atenção médica, visto que doenças e lesões físicas podem ser mais frequentes, pois o corpo tende a ficar mais fragilizado. Entre as atenções que são importantes de se ter com os idosos, estão a companhia e o cuidado básico.
Em alguns casos, os idosos não têm família ou os parentes são bastante ocupados, o que acaba dificultando os cuidados. Nessas situações, ou a pessoa fica solitária ou vai para uma casa de repouso, onde os cuidadores são a principal companhia.
Devido a isso, pesquisas estão buscando trazer à tona a possibilidade de utilizar robôs para potencializar o cuidado e a interação com a terceira idade, servindo para oferecer suporte emocional e acesso remoto aos profissionais da Saúde.
Robôs de Companhia da ASUS
A Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH-USP) é uma das entidades que estuda essa possibilidade. Graças à pesquisa Mindfulness-enabled companion robots for elderly individuals with depression and anxiety in Brazil, realizada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), estudiosos tiveram contato com os robôs Zenbo e Zenbo Jr., ambos produzidos pela Asus.
De acordo com a USP, esses robôs conseguem interagir e auxiliar idosos. Seu principal destaque é a habilidade de, a partir de programação feita sob uma literatura especializada, seguir um protocolo e diagnosticar sinais de depressão ou ansiedade nos idosos.
Após o diagnóstico, Zenbo e Zenbo Jr. são programados para propor atividades com o intuito de reverter o quadro. “A proposição de atividades para buscar reverter o quadro, tais como jogos, atividades físicas e visualização de fotos e vídeos”, apresenta a explicação no site da USP.
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A experiência do robô de McGinn
O engenheiro Conor McGinn e seus colegas do Trinity College Dublin (Irlanda) inventaram o robô Stevie, pensado para o cuidado de idosos.
Durante os testes, realizados em 2018 e 2019, a criação foi inserida no dia a dia de 300 pessoas da terceira idade que habitavam no Knollwood Military Retirement Community, em Washington D.C. Por lá, ele serviu para o entretenimento dos idosos, com atividades como bingo e karaokê.
Dessa forma, o robô liberou de tarefas alguns cuidadores, possibilitando que focassem atividades individuais dos moradores da casa de repouso. Outras funções que Stevie apresenta são falar em outras línguas, servir para patrulhar os corredores à noite e até realizar alguns serviços de limpeza no local.
O intuito dos criadores é desenvolver ainda mais o robô, oferecendo uma inteligência no estilo da Alexa, que consiga interagir melhor com os residentes, já que, segundo McGinn, é difícil programar uma inteligência artificial que consiga responder e identificar mais de 300 vozes.
McGinn acredita que os robôs não surgem para substituir os cuidadores ou para tomar o emprego deles, e sim para ajudar os profissionais no dia a dia e nos diferentes trabalhos existentes.
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Fonte: Nature, USP, Portal do Envelhecimento.