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Telemedicina amplia atenção primária à saúde durante pandemia

As Unidades Básicas de Saúde (UBS) são os estabelecimentos mais procurados pelos brasileiros que precisam de atendimento médico, de acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2019, realizada pelo Ministério da Saúde em convênio com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Cerca de 47% das pessoas entrevistadas estiveram em uma das mais de 40 mil UBS em funcionamento. Ao lado das unidades do Programa de Saúde da Família (PSF), do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (Nasf) e dos agentes comunitários, elas compõem a rede pública de atendimento de Atenção Primária à Saúde (APS). 

Em situações habituais, a APS — tanto do Sistema Único de Saúde (SUS) quanto da rede privada — é fundamental para desafogar a demanda das unidades de emergência e de alta complexidade, permitindo melhor atendimento e dedicação dos profissionais de saúde. No entanto, durante uma crise sanitária, como a pandemia de coronavírus, a atenção primária se torna imprescindível para evitar o colapso total do sistema.

Tendo o médico da família como figura central, a APS permite que o paciente seja avaliado de forma integral antes de ser encaminhado para um especialista. O clínico geral tem a formação específica para lidar com as queixas mais comuns apresentadas e é capaz de resolver 80% dos problemas. 

Telemedicina na Atenção Primária

Atendimento médico por telemedicina está disponível no Brasil tanto na rede privada quanto no SUS. (Fonte: Shutterstock)

Novas tecnologias, como o prontuário médico eletrônico e a telemedicina, têm ajudado o sistema de saúde a enfrentar o desafio da covid-19. Desde março, o SUS dispõe de atendimento pré-clínico por telefone, chat on-line e WhatsApp para a população, além de serviço de acompanhamento e monitoramento remoto dos casos suspeitos da doença.

A APS também tem uma plataforma para teleconsultas médicas, de enfermagem e multiprofissionais. Mais de 20 mil médicos e enfermeiros que atuam nas Unidades de Saúde da Família do País receberam treinamento para fazer atendimentos online, dando continuidade ao cuidado de pacientes com hipertensão e diabetes, entre outras condições, de forma ágil, cômoda e segura.

A plataforma permite aos profissionais de APS registrar a consulta a distância, emitir atestados e receitas e enviar o endereço eletrônico para videoconferência a seus pacientes. O projeto prevê também a disponibilização de aplicativo e endereço eletrônico para agendamento virtual, acesso a informações clínicas, atestados e receitas.

Acompanhamento da covid-19

Teleatendimento facilita acompanhamento da evolução do quadro de pacientes com covid-19. (Fonte: Shutterstock)

O Sars-CoV-2 é facilmente transmissível, em especial em situações de aglomeração, como é comum nos prontos-socorros. A disseminação do vírus é influenciada diretamente pela capacidade da população em aderir às medidas protetivas, evitando deslocamentos. Nesse contexto, o teleatendimento de saúde se torna importante para a segurança do paciente e dos profissionais de saúde.

A maioria dos casos de infecção por coronavírus é de quadro leves, sem a necessidade de cuidados presenciais, então é possível acompanhar a evolução do quadro em casa, sem aumentar o risco de outras pessoas contraírem a doença. Com a telemedicina, o monitoramento do paciente pode ser realizado diariamente ou a cada 48 horas ou 72 horas, avaliando se há melhora ou piora do quadro clínico.

Caso seja necessário, o médico pode prescrever as medicações adequadas ou encaminhar o paciente para a realização de exames ou internação. O teste para a detecção da covid-19 pode, em muitos casos, ser realizado em domicílio, evitando a transmissão em cadeia e a exposição a locais com grande quantidade de pessoas, como o transporte público.

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Fonte: Medicina SA, Ministério da Saúde, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Agência Brasil.

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