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O câncer de ovário é uma doença silenciosa, e os sintomas só aparecem quando o seu grau está avançado. Ele é considerado o terceiro tumor ginecológico mais comum entre as mulheres, perdendo apenas para o câncer de mama e de colo do útero. Comumente, ele acomete mulheres na menopausa, mas também pode se manifestar em jovens na idade reprodutiva.
Até o momento, os tratamentos mais comuns são cirurgia e quimioterapia. Entretanto, ensaios pré-clínicos realizados pela Michigan State University apontam um novo radiofármaco para a terapia do câncer. O modelo reproduzido trouxe resultados bem-sucedidos, limitando drasticamente o crescimento do tumor e sua massa tumoral.
Os dados sobre o câncer de ovário
O câncer de ovário é a quinta causa de morte por câncer entre mulheres. De acordo com a The American Cancer Society (ACS), mais de 20 mil mulheres são diagnosticadas com esse câncer por ano, e quase 14 mil morrem da doença nos Estados Unidos.
No Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), em 2020, foram 6.650 novos casos. Em 2019, segundo o Atlas de Mortalidade por Câncer, o número de óbitos foi de 4.123 por essa doença.
Estudo trouxe novas descobertas
O estudo Therapeutic Efficacy of Pb-214-label Trastuzumab in a Preclinical Model of Ovarian Cancer, apresentado na Society of Nuclear Medicine and Molecular Imaging 2021 Annual Meeting, realizado por pesquisadores da Michigan State University, mostraram que testes pré-clínicos projetados especificamente para o câncer de ovário resistentes às terapias tradicionais tiveram eficácia com o novo composto radiofarmacêutico.
O novo fármaco pode ser produzido em 25 minutos e a baixo custo, com uma eficiência melhor em comparação aos métodos alternativos. No estudo, os pesquisadores utilizaram um sistema para desenvolver a alfa-terapia dirigida Pb-214-TCMC-trastuzumab usada para tratar o câncer de ovário HER2 positivo.
Camundongos com tumores de ovário foram divididos em três grupos: os tratados com Pb-214-TCMC-trastuzumabe; aqueles tratados com Pb-214-TCMC-IgG; e um grupo de controle não tratado. Todos os grupos foram fotografados ao longo do tempo para validar a eficácia do estudo.
Os resultados apontaram que, em comparação com o Pb-214-TCMC-IgG e os grupos de controle, o sinal de tumor para camundongos e células tratadas com o fármaco-teste diminuiu drasticamente, sinalizando a eficácia da terapia. Além disso, não houve efeitos colaterais adversos.
Segundo Mike Zamiara, um dos autores do estudo, o sistema gerador pode fornecer Pb-214 a cada hora, criando uma nova terapia de partículas alfa para pacientes com um baixo custo. Em outras palavras, no futuro, espera-se que esse sistema esteja disponível para muitos produtos terapêuticos, com doses confiáveis e proporcionando a cura para os pacientes.
Fonte: Eureka Alert, News Medical, Drug Target Review, JMN.