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Um estudo recente realizado no Reino Unido mostrou que as vacinas protegem não apenas o vacinado, mas também sua família e pessoas de convívio próximo. O trabalho analisou dados de mais de 300 mil unidades familiares e quase 1,5 milhão de pessoas e chegou à conclusão de que os vacinados reduziram pela metade a probabilidade de propagar covid-19 em suas casas.
Embora esse e outros estudos apontem que as pessoas vacinadas reduzem o número de transmissão, essas pesquisas consideraram a transmissibilidade das cepas mais antigas. Agora, com a variante Delta em circulação no mundo, a situação é diferente.
A alta transmissibilidade da variante Delta
O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) do governo dos Estados Unidos elaborou um relatório no início de agosto demonstrando a preocupação de que as pessoas vacinadas podem transmitir a doença da mesma forma que as não imunizadas.
Isso ocorre porque os imunizantes contra a covid-19 têm o objetivo de impedir que o indivíduo tenha a doença em sua forma mais grave. Contudo, ele ainda pode pegar a doença e apresentar sintomas leves ou ser assintomático.
Diferentemente das cepas anteriores, a variante Delta tem uma transmissibilidade maior. Os números foram confirmados em estudos nos Estados Unidos, Reino Unido e Cingapura.
De acordo com um estudo realizado em Wisconsin, que analisou testes PCR para estimar a concentração de vírus em amostras de fluido nasal, a quantidade de carga viral presente em pacientes vacinados e infectados com a Delta era similar à dos contaminados, mas que não haviam tomado vacina.
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Como evitar a propagação do vírus?
Com a vacinação avançando em vários países, há uma expectativa de que o fim da pandemia esteja próximo. Embora alguns especialistas já estipulem datas para esse momento — primeiro semestre de 2022 — isso dependerá do andamento da vacinação e da diminuição das taxas de transmissão.
Portanto, com todos os dados em vista, os especialistas continuam reforçando que a melhor maneira de evitar a transmissão é continuar utilizando máscara, manter o distanciamento social e higienizar as mãos com água e sabão ou utilizando álcool em gel 70%.
Sem essas medidas de proteção, a covid-19 seguirá se espalhando e isso pode causar o surgimento de novas linhagens, fomentando o ciclo de contaminações e colocando em risco os já vacinados, caso uma nova cepa apareça e que não seja combatida com as vacinas existentes.
Fonte: Nature, Agência Brasil, El País.