As Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) são facilmente prevenidas com o uso de preservativo durante o sexo. Entretanto, o número de casos dessas infecções tem subido no Brasil nos últimos anos, o que tem gerado um alerta entre as autoridades da Saúde e a necessidade de intensificação de medidas de prevenção, diagnóstico e tratamento das patologias.
A maioria das IST não apresenta sintomas durante os primeiros meses ou até anos. Dessa forma, muitas pessoas não procuram um médico e acabam não descobrindo que estão com essas infecções, aumentando a chance de transmissão do vírus ou da bactéria para parceiros, no caso do sexo sem proteção.
Além da demora do aparecimento de sinais das enfermidades, outros fatores apontados por especialistas para a alta incidência são os baixos índices de educação sexual e de cobertura vacinal (quando há possibilidade de prevenção por meio de vacinas).
Se não forem tratadas, podem aumentar o risco de adquirir outras IST, como o HIV. Isso acontece porque uma infecção sexualmente transmissível pode estimular uma resposta imunológica na área genital ou causar feridas, podendo aumentar o risco de transmissão do HIV. Algumas IST não tratadas também podem causar infertilidade, danos a órgãos e certos tipos de câncer.
Conheça quais são as ISTs mais comuns, seus sintomas, diagnóstico e tratamento.
1. Herpes genital
O herpes genital é uma IST altamente contagiosa causada por um tipo de vírus denominado herpes simplex (HSV). A maioria das pessoas com HSV nunca sabe que tem, porque não apresentam sinais ou os sintomas são tão leves que passam despercebidos.
Quando os sinais e sintomas são perceptíveis, o primeiro episódio geralmente é o pior. Algumas pessoas nunca têm o segundo episódio. Outros, no entanto, podem ter episódios recorrentes por décadas.
O diagnóstico da herpes genital é realizado por exame clínico das lesões características e confirmado por exames laboratoriais. Não existe cura para o herpes, mas ela pode ser controlada com medicação e prevenida com vacina.
2. Infecção por papilomavírus humano (HPV)
A infecção por HPV é um dos tipos mais comuns de IST e pode ser prevenida com vacina. Algumas formas de HPV colocam as mulheres em alto risco de câncer cervical; já outras causam verrugas genitais. O HPV geralmente não apresenta sinais ou sintomas.
A infecção pode ser diagnosticada com exames preventivos anuais no colo do útero, para monitorar o aparecimento de possíveis lesões. O tratamento das verrugas genitais deve ser individualizado, dependendo da extensão, quantidade e localização das lesões. Podem ser usados laser, eletrocauterização, ácido tricloroacético (ATA) e medicamentos que melhoram o sistema de defesa do organismo.
3. Hepatite
Hepatite A, hepatite B e hepatite C são infecções virais contagiosas que afetam o fígado. A hepatite B e C são as mais graves das três, pois podem causar inflamação no fígado. É possível prevenir o tipo B com vacina.
Algumas pessoas nunca desenvolvem sinais ou sintomas da hepatite, mas para aquelas que manifestam, os sinais e os sintomas podem ocorrer várias semanas após a exposição e podem incluir fadiga, náusea, vômito, desconforto abdominal (especialmente na área do fígado), perda de apetite, febre, urina escura, dores musculares ou articulares, e icterícia.
O diagnóstico é feito por meio de testes de função hepática e sorologia, para identificar o vírus. O tratamento para hepatite pode ser feito apenas com repouso, boa alimentação e hidratação. No entanto, em alguns casos, o médico poderá prescrever o uso de medicamentos como Interferon, lamivudina, adefovir, dipivoxila e entecavir.
4. Sífilis
A sífilis é uma infecção bacteriana de órgãos genitais, pele e membranas mucosas, mas também pode envolver muitas outras partes do corpo, incluindo o cérebro e o coração. Algumas pessoas também apresentam sífilis latente, na qual os exames de sangue dão positivo para a bactéria, mas não apresentam sintomas.
No início, apenas uma pequena ferida indolor (câncer) pode surgir no local infeccionado, geralmente em órgãos genitais, reto, língua ou lábios. Conforme se desenvolve a infecção, ela pode piorar e outros sintomas podem aparecer, como erupção cutânea marcada por feridas vermelhas ou marrom-avermelhadas em qualquer área do corpo, febre, linfonodos aumentados, fadiga e uma vaga sensação de desconforto.
O diagnóstico da sífilis pode ser realizado por exames diretos, como bacterioscopia ou testes imunológicos. A enfermidade é tratada com o uso de penicilina ou Ceftriaxona. Sem tratamento, a bactéria da sífilis pode se espalhar, causando sérios danos aos órgãos internos e até morte anos após a infecção original.
5. HIV
Ao ser infectado pelo HIV, a pessoa pode não apresentar sintomas ou desenvolver apenas uma doença semelhante à gripe, geralmente de duas a seis semanas após a infecção. Os sintomas mais persistentes ou graves da infecção pelo HIV podem não aparecer por 10 anos ou mais após a infecção inicial.
O diagnóstico da infecção pelo HIV é feito a partir da coleta de sangue ou por fluido oral. No Brasil, existem exames laboratoriais e os testes rápidos que detectam os anticorpos contra o HIV em cerca de 30 minutos.
Apesar de ainda não ter cura, é possível melhorar a qualidade de vida dos pacientes com um uso combinado de medicamentos que inibem a evolução das infecções. A terapia antirretroviral (TARV) aumenta a disposição do apetite, amplia a expectativa de vida e inibe o desenvolvimento de doenças oportunistas.
Conheça o maior e mais relevante evento de saúde do Brasil
Fonte: Governo Federal, FOX 13 News – Tampa Bay, CNN, Anvisa, Univisa.