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Casos de metapneumovírus humano aumentam em 2023

Flu, sick or cold child with parent sneezing, blowing and wiping runny nose while ill with covid virus, sinus and allergy symptoms in bed at home. Mother caring for stuffy and congested little son

Com a chegada do inverno, os órgãos da Saúde alertam para a ocorrência de doenças respiratórias e os cuidados que devem ser tomados. Um dos agentes responsáveis por infecções agudas no sistema respiratório, o vírus sincicial respiratório (VSR) é o causador de até 75% das bronquiolites e 40% das pneumonias no Brasil, em especial entre março e julho, atingindo principalmente crianças.

Neste ano, a positividade para o VSR nas amostras analisadas para vírus respiratórios tem aumentado. Um boletim da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) aponta prevalência de 39,5%.

Paralelamente, um vírus pouco conhecido, que se manifesta de forma equivalente, também provocando bronquiolite e pneumonia, surgiu de modo mais acentuado no Hemisfério Norte em 2023 e chamou a atenção. Em comparação com o período anterior à pandemia de covid-19, conforme os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos Estados Unidos, o crescimento das amostras positivas foi de 36%. O total foi de 11%, ante 7%, que era a média a cada ano.

Trata-se do metapneumovírus humano (MPVh), um vírus semelhante ao VSR nos aspectos de organização genômica, estrutura viral, antigenicidade e manifestações clínicas. Ele foi descoberto na Holanda, em 2001, a partir de um caso de pneumonia, mas a circulação entre os humanos teria começado algumas décadas antes.

Esse vírus acomete especialmente crianças, idosos e pessoas imunossuprimidas. No Brasil, o metapneumovírus humano foi detectado pela primeira vez em 2004, em Sergipe, em menores de 3 anos, então internados com infecções respiratórias.

Crianças, idosos e pessoas imunossuprimidas têm maior risco. 

Como o vírus se manifesta?

Febre e corrimento nasal têm início de três a cinco dias depois da exposição ao MPVh, podendo evoluir com tosse e sibilo, popularmente chamado de chiado no peito, ou para uma infecção mais grave, como bronquiolite e pneumonia, apneia ou insuficiência respiratória. O diagnóstico é feito por meio de avaliação clínica e podem ser usados, ainda, testes de antígeno ou cultura viral.

transmissão ocorre de forma análoga à da gripe: por inalação de secreções respiratórias contaminadas, provenientes de tosse ou espirro, e por toque, contato próximo ou com superfícies e objetos infectados. Alguns estudos já vêm sendo desenvolvidos para criar vacinas contra o vírus, mas não existe, por enquanto, nenhum imunizante, e o tratamento médico não é específico.

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Quais são as formas de prevenção?

prevenção é uma das principais aliadas para a redução da transmissão viral. A recomendação, quanto ao metapneumovírus humano, não é diferente daquela para o VSR e outros agentes causadores de infecções nas vias respiratórias: evitar ambientes fechados e com aglomeração, reforçar os cuidados básicos de higiene, como lavar as mãos com frequência ou higienizá-las com álcool em gel, e usar máscara.

Reforçar os cuidados básicos de higiene, como lavar as mãos, está entre as medidas de prevenção. (Fonte: Getty Images/Reprodução)

Antes mesmo da pandemia, em 2019, a pneumonia e outras infecções respiratórias já formavam, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o grupo mais mortal de doenças transmissíveis, representando a quarta principal causa de óbitos no planeta. Os dados da OMS, relativos ao período de 2000 a 2019, integram as Estimativas Globais de Saúde do órgão internacional.

FontesMinistério da SaúdeFiocruzSBPOMSFapespMSD

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