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Curar, ouvir, amparar e aliviar a dor. Ser médico está entre as atividades mais importantes para a felicidade humana. Aqui, no Brasil, 20 mil profissionais se formam todos os anos, e o mercado continua demandando mais médicos. Se você está entre as pessoas que têm interesse em trabalhar na área, o primeiro passo é conhecer a graduação e entender como ela se estrutura.
Confira, a seguir, os principais ciclos do curso, organizado em seis anos, e qual é o papel de cada um deles na formação dos médicos.
1. Ciclo básico
No ciclo básico, os alunos estudam Biologia, Bioquímica, Biofísica, Anatomia, Histologia, Embriologia e outras matérias teóricas que sustentarão o conteúdo prático que vem pela frente. Essas disciplinas podem ser organizadas de formas diferentes, mas são o núcleo dos dois primeiros anos de graduação.
Existem cursos de Medicina com abordagens diferentes, como o Problem Based Learning (PBL), mas a maior parte das faculdades ainda segue a estrutura tradicional, com matérias segmentadas. Essa é a etapa mais distante da realidade do futuro médico; por isso, é importante perseverar e manter o foco.
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2. Ciclo clínico
No terceiro e no quarto ano de curso, quando funciona o ciclo clínico, as matérias começam a contemplar aspectos mais práticos. O aluno começa a estudar os fundamentos de atuações médicas, como pediatria, ginecologia, saúde da família e outros.
A partir daqui é hora “de colocar o jaleco e andar com o estetoscópio”, pois os alunos começam a praticar alguns exames clínicos, como a aferição da pressão arterial e ausculta pulmonar.
Nessa etapa, os estudantes também iniciam os estágios de campo. De modo geral, eles começam na área de Atenção Básica, que tem menor complexidade, mas enorme importância. No Brasil, a estrutura de saúde é organizada como uma pirâmide que tem como base a prevenção e o acompanhamento de doenças crônicas.
Outra questão importante é que algumas faculdades incluem o trabalho de conclusão de curso no fim do quarto ano. Isso ocorre porque, ao longo do quinto e do sexto, o futuro médico viverá aspectos mais práticos e menos teóricos.
3. Internato
No internato, que ocorre no quinto e no sexto ano, o aluno começa a ingressar nas práticas hospitalares. Para isso, a estrutura curricular é organizada de modo a contemplar atividades voltadas ao que o médico encontrará na futura profissão.
Isso é importante também porque, diferente das disciplinas que são segmentadas, é nessa fase que o estudante começa a lidar com situações interdisciplinares. É comum, por exemplo, que pacientes diabéticos sejam acometidos de feridas nos pés e de problemas nos rins. Portanto, o profissional precisa dar conta dessa complexidade.
Mas cuidado: é importante diferenciar o internato da residência. Ele ocorre como uma etapa da graduação. Já a residência médica é um tipo de pós-graduação clínica que formará especialistas e pode durar de dois a cinco anos, a depender da opção escolhida.
Isso quer dizer que, no fim do internato, o estudante estará apto a se formar como bacharel em Medicina. Com esse diploma, pode procurar o Conselho Regional de Medicina do seu estado e começar a clinicar.
Gostou da organização do curso? Se você pensa em cursar Medicina, esse é o trajeto que terá pela frente, e valerá cada esforço: curar pessoas e salvar vidas são ótimas maneiras de começar a segunda-feira.
Fonte: UniBH, SanarMed.