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Ovário policístico: o que é, sintomas, causas e tratamentos

Os ovários policísticos têm um grande número de folículos inofensivos com até 8 milímetros de tamanho. Essas estruturas são sacos subdesenvolvidos que, quando amadurecidos, promovem a liberação dos óvulos. Na SOP, eles geralmente não se desenvolvem, formando cistos e impedindo a ocorrência da ovulação.

A causa exata do ovário policístico ainda não é clara. Muitas pessoas com SOP têm resistência à insulina, acumulando o hormônio no corpo, o que pode provocar níveis mais altos de andrógenos, que são os hormônios masculinos. A condição está associada à genética, sendo comum, então, que irmãs ou mãe e filha tenham a síndrome.

Como saber se tem ovário policístico?

Diagnóstico da síndrome de ovário policístico é realizado em uma combinação de exames. (Fonte: GettyImages/Reprodução)

As pessoas com ovário policístico geralmente desenvolvem a síndrome desde a menarca, que é o primeiro período menstrual. Em alguns casos, porém, os sinais da doença aparecem depois de várias menstruações. O diagnóstico da síndrome é realizado a partir de exame clínico (ultrassom ginecológico) e testes laboratoriais.

Os sintomas da SOP variam e incluem as seguintes condições:

É importante ressaltar que apenas o aparecimento de diversos cistos simultâneos na superfície dos ovários sem ciclo menstrual irregular ou excesso de hormônios masculinos não é sinal da síndrome dos ovários policísticos.

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Qual é o tratamento do ovário policístico?

Pílula anticoncepcional é o principal medicamento para tratar a SOP. (Fonte: GettyImages/Reprodução)

A síndrome do ovário policístico não tem cura, mas o tratamento pode aliviar os sintomas e melhorar a saúde. A terapia pode incluir mudanças nos hábitos para promover perda de peso a partir de uma dieta de baixa caloria associada a exercícios moderados.

Para regular o ciclo menstrual, ginecologistas podem receitar pílulas com estrogênio e progestina para desestimular a produção de andrógenos. Os procedimentos cirúrgicos são desaconselhados, tendo em vista a eficiência da terapia com anticoncepcionais.

O tratamento pode incluir também remédios para promover a fertilidade e controlar os níveis de insulina. O profissional pode recomendar, ainda, medicamentos para bloquear os efeitos dos andrógenos na pele, reduzindo o crescimento de pelos e o aparecimento de acne.

O que acontece se não tratar ovário policístico?

Sem tratamento, a síndrome de ovário policístico aumenta os riscos do desenvolvimento de condições graves, como câncer de endométrio, diabete e doenças cardiovasculares, além de alterações do sono, sobretudo se estiver combinada com a obesidade.

As alterações hormonais provocadas pela SOP podem levar a um estímulo prolongado do estrogênio, o que contribui para a proliferação do endométrio, enquanto a resistência à insulina favorece o surgimento de diabete tipo 2. A doença também provoca aumento do risco de infarto do miocárdio e de hipertensão e elevação de colesterol.

O acompanhamento médico regular e o tratamento indicado ajudam a ajustar os ciclos menstruais e reduzir as chances de desenvolver outras condições que podem ser associadas à síndrome do ovário policístico.

Fonte: Secretaria de Atenção Primária à Saúde, Agência Brasil, IPEMED

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