A depressão é uma das doenças mais preocupantes da atualidade. Assim como a ansiedade e outros transtornos ligados à mente, a depressão aumentou significativamente nos últimos anos em todas as faixas etárias.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 300 milhões de pessoas lidam com a doença atualmente. Resultados da Pesquisa Nacional de Saúde, realizada em 2019 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que cerca de 13% dos idosos na faixa etária entre 60 e 64 anos enfrentam a depressão.
Esse número é ainda maior em pessoas institucionalizadas, ou seja, que estão sob cuidados de uma instituição de longa permanência. Segundo a OMS, até 42% dos idosos nessa situação apresentam sintomas da doença.
Como lidar com um idoso depressivo?
A depressão na terceira idade acomete especialmente as mulheres, muitas vezes viúvas, que costumam passar longos períodos sozinhas. Pessoas com dificuldade de mobilidade também estão entre as mais atingidas.
O medo da morte e a percepção de finitude são algumas das causas da depressão entre idosos, que pode ser agravada pelos sentimentos de solidão, abandono e falta de demonstração de carinho.
Por isso, uma das maneiras mais eficientes de evitar um quadro de depressão na terceira idade ou contribuir para o tratamento é se fazer presente. Envolver o idoso em atividades, promover encontros familiares e evitar remédios além do necessário estão entre as ações recomendadas.
A perda de pessoas próximas também se torna mais comum para pessoas acima de 60 anos de idade. Por isso, é importante conversar e ouvir essas pessoas, compreender seus medos e respeitar seus lutos.
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Identificando os sintomas
Além dos sintomas já conhecidos da depressão, o quadro em idosos tem algumas particularidades. Pacientes acima de 60 anos relatam dores sem motivos aparentes, mas que podem ter ligação com a saúde mental.
Outros sintomas também costumam ser confundidos com o envelhecimento. Perda das funções cognitivas, falta de apetite e dificuldade para executar tarefas básicas podem ser agravadas durante um quadro depressivo.
Por fim, é preciso estar atento aos riscos de suicídio: a faixa etária entre 80 e 84 anos apresenta índices duas vezes maiores quando comparados com os do restante da população.
A importância da atividade física
É fundamental destacar a importância da atividade física e de hábitos saudáveis para pessoas idosas. A prática de exercícios também é muito importante em jovens e adultos, mas se torna ainda mais essencial conforme a idade vai avançando.
Além de ajudar na capacidade motora, a prática regular de exercícios auxilia a manter a longevidade do cérebro e suas funções, como memória, capacidade lógica e execução de tarefas em geral.
A atividade física é importante também para regular os hormônios e neurotransmissores do corpo, incluindo aqueles que têm influência em humor, prazer e felicidade.
Fontes: Instituto de Psiquiatria do Paraná, Jornal USP, Drauzio Varella, IBGE, OPAS