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Estima-se que pelo menos 4 milhões de brasileiros convivam com a fibromialgia; ainda assim, a doença é pouco debatida. Devido à dificuldade em realizar o diagnóstico e encontrar suas causas, muitos pacientes acabam não procurando ajuda médica.
A doença é considerada uma síndrome crônica reumática, e seu diagnóstico é um desafio, pois as dores costumam surgir sem qualquer tipo de lesão nos músculos ou nas articulações. Ela acomete com maior frequência pacientes com artrite reumatoide e lúpus. Apesar de ainda não ter cura, tratamentos como fisioterapia e psicoterapia podem ajudar no controle dos sintomas, melhorando a qualidade de vida.
O que é fibromialgia?
A fibromialgia (FM) se manifesta por meio de dores no corpo, em especial na musculatura, nos tendões e nas articulações. Sua causa não é completamente conhecida, mas pode estar relacionada com o funcionamento do sistema central e o mecanismo de supressão de dores. Os pacientes acometidos são, na grande maioria, mulheres, porém a doença pode acontecer em pessoas de qualquer idade e gênero.
No Brasil, entre 75% e 90% dos pacientes diagnosticados são mulheres com idade entre 30 e 60 anos. Em casos avançados, as dores podem se tornar incapacitantes e prejudicar gravemente a qualidade de vida dos pacientes.
Fibromialgia: sintomas
Os principais sintomas da fibromialgia são dores generalizadas e crônicas que podem alcançar níveis incapacitantes. Os sinais da doença incluem cansaço crônico, síndrome do intestino irritável, problemas de memória, ansiedade e depressão. As dores e a falta de exercícios físicos podem causar rigidez corporal e formigamento de mãos e pés.
Fibromialgia: tratamento
A fibromialgia é uma síndrome que não tem cura, porém é possível realizar diversos tratamentos que ajudam a minimizar os sintomas. Remédios como analgésicos e anti-inflamatórios auxiliam na redução da dor, principalmente em casos mais avançados da doença.
Tratamentos naturais como massagens e acupuntura também são eficazes. Fisioterapia, hidroterapia e prática regular de exercícios físicos podem auxiliar na redução de sintomas como o enrijecimento da musculatura.
A prática de atividades também auxilia na melhora da saúde mental, que pode ter efeito positivo na redução da fibromialgia. Nesse sentido, acompanhamento psicológico e até uso de antidepressivos podem ser benéficos.
Fibromialgia: diagnóstico
O diagnóstico da síndrome é feito de maneira clínica, já que não existem exames que possam comprovar o quadro. Médicos em geral suspeitam da doença quando existe dor crônica e generalizada por mais de três meses. Além disso, o aparecimento de desconforto em pelo menos 11 pontos dos 18 que são apalpados no exame pode ser um indicativo. Esses pontos avaliados estão distribuídos nos joelhos, nos cotovelos, na lombar, na cervical e nos ombros.
Novos estudos sugerem que o exame deva ser mais profundo e analisar o histórico do paciente, principalmente em casos de doenças reumatológicas, traumas físicos e psicológicos e infecções graves. Distúrbios do sono, como dificuldade para dormir, sono muito leve e acordar várias vezes à noite, também são considerados sintomas.
Fibromialgia pode aposentar?
Pessoas com diagnóstico de fibromialgia têm acesso a benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) como auxílio-doença; em casos graves, têm direito à aposentadoria por invalidez. Vale ressaltar que para isso o beneficiário deve estar em dia com suas obrigações perante o órgão e passar pela avaliação oficial.
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Fonte: Tua Saúde, Medley, Sociedade Brasileira de Reumatologia, Dráuzio Varella, Minha Vida, Morsch Telemedicina.