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A paralisia infantil é o nome popular dado à poliomielite, ou pólio, uma doença infecciosa grave que é causada pelo poliovírus, do gênero Enterovírus e da família Picornaviridae.
Quando uma pessoa contrai o poliovírus, ela pode desenvolver ou não a doença. Devido a isso, estima-se que uma a cada 200 pessoas contaminadas desenvolvam a enfermidade, que afeta os músculos e, em casos mais graves, os membros inferiores do corpo.
Transmissão e sintomas da poliomielite
A transmissão ocorre via fecal-oral (seja pela água contaminada, seja por contato com as fezes de alguém que seja portador da doença) ou oral-oral (por meio de gotículas no ar). A doença, que pode ser fatal em casos raros, costuma causar sintomas como:
- febre;
- dor de cabeça;
- espasmos musculares;
- dores pelo corpo;
- vômito;
- diarreia;
- rigidez corporal, principalmente na nuca.
Luta brasileira contra a paralisia infantil
No Brasil, a enfermidade foi erradicada, com o último caso tendo sido confirmado em 1989, segundo a Secretaria da Saúde do Paraná. Para alcançar esse patamar, o País precisou realizar diversas campanhas de vacinação para conter o avanço da doença. A aplicação do imunizante é recomendada em crianças de até cinco anos de idade.
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De acordo com o Ministério da Saúde, o plano vacinal brasileiro contra a poliomielite é de três doses da vacina injetável aos dois meses, quatro meses e seis meses de vida, além de mais duas doses de reforço com a vacina oral bivalente, popularmente conhecida como gotinha, que devem ser feitas na sequência correta.
Como evitar o retorno da poliomielite?
A falta de aderência na vacinação infantil contra a poliomielite é um dos principais agravantes do possível retorno da doença, reflexo do movimento antivacina que está começando a ganhar força no Brasil.
De acordo com dados do Programa Nacional de Imunizações (PNI), que foram divulgados pelo Ministério da Saúde, o País não conseguiu atingir a sua meta vacinal de 95%. O calendário nacional de vacinação tem 15 vacinas, que são direcionadas a diferentes públicos-alvo.
Em 2018, a imunização só alcançou 76,6% e, em 2021, o índice foi de apenas 67%. A situação abre a possibilidade para o retorno dos casos de paralisia infantil, que está erradicada há mais de 30 anos no País.
Retorno da poliomielite em outros países
Países pelo planeta têm registrado novos casos da doença, o que preocupa as entidades internacionais de Saúde. De acordo com as informações da Organização Mundial da Saúde (OMS), 28 países que haviam erradicado a doença reportaram novos casos nos últimos anos. Entre eles, estão: Ucrânia, Egito, Israel, Tajiquistão, Irã, Somália e Iêmen.
O restante dos países estão no continente Africano. Vale destacar que, apesar de existirem casos em locais onde a enfermidade havia sido erradicada, a realidade é de que alguns nunca conseguiram erradicá-la, como é o caso do Afeganistão e Paquistão.
Em outras palavras, com a queda no índice de vacinação contra a poliomielite, a América do Sul e, principalmente o Brasil, devem entrar em estado de vigilância e alerta para combater o retorno da doença.
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Fonte: Tua Saúde, Ministério da Saúde