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Com o surgimento das redes sociais, a divulgação facilitada e frequente de dietas milagrosas se tornou um grande risco à saúde de quem deseja perder peso. Algumas das opções divulgadas envolvem atitudes restritivas e drásticas, como a proibição da ingestão de determinados alimentos e jejuns prolongados.
Em 2013, pesquisadores da Faculdade de Saúde Pública (FSP) e da Universidade de São Paulo (USP) perceberam que a prática de dietas restritivas potencializou comportamentos de risco e o desenvolvimento de transtornos. Recentemente, um novo estudo feito pela USP buscou reforçar essa teoria, analisando os efeitos das dietas radicais no comportamento alimentar das pessoas.
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Novo estudo sobre restrição
A pesquisa buscou analisar a relação entre a restrição e o desenvolvimento de transtornos após a dieta. Para isso, nutricionistas enviaram um questionário para 853 jovens com o intuito de entender melhor os hábitos alimentares. Entre os participantes, 25% disseram ter seguido uma dieta low carb (evitando ao máximo o consumo de carboidratos) três meses antes do começo da pesquisa.
Risco de transtorno alimentar
Para compensar a ausência de determinados alimentos, muitos acabaram consumindo opções consideradas pouco saudáveis quando ingeridas em excesso, como carboidratos e açúcares. Consequentemente, devido ao sentimento de culpa gerado por tal atitude, constatou-se que esse grupo acabou apresentando um comportamento similar ao de quem tem algum transtorno alimentar.
De acordo com a pesquisa feita pela USP, mesmo que os participantes estivessem evitando arroz e pão, consumiam outros alimentos, como chocolate, em proporções semelhantes ou até maiores do que o recomendado — reflexo das restrições à mesa.
Segundo a pesquisa, 7,5% dos que seguiam a dieta low carb assumiram que faziam a indução de vômito ou o uso de laxante após a ingestão de arroz, pão e afins para evitar uma recaída nos resultados da dieta.
É importante ressaltar que a falta de consumo de alguns alimentos, em especial dos que contêm carboidratos, pode agravar quadros de ansiedade e depressão, segundo o Centro Especializado em Transtornos Alimentares (Ceta). Por isso, em caso de sintomas relacionados à compulsão alimentar, bulimia ou anorexia, busque a ajuda de um especialista em Saúde.
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Fonte: Nutrição Brasil, Ceta, Asbran