“Efeito sanfona” é o nome dado ao vaivém de perdas e ganhos acentuados de peso, que comumente acontece após dietas muito restritivas ou rotinas exageradas de exercício. As flutuações constantes estão relacionadas ao maior risco de ocorrência de doenças como a diabete e a hipertensão, podendo ter efeitos negativos também para a saúde mental.
Quais são as causas do efeito sanfona?
O efeito sanfona comumente ocorre pela adoção de métodos extremos para emagrecer, como dietas muito restritivas ou rotinas exaustivas de exercício. Além de haver dificuldade na manutenção de peso a longo prazo, a mudança brusca na alimentação, como o corte total de carboidratos, é vista pelo corpo como um alerta da falta de alimentos.
Com o intuito de garantir que haja energia suficiente para as funções vitais, o organismo torna o metabolismo mais lento, dificultando a queima de calorias e acumulando gordura. Além disso, restrições acentuadas podem fazer que a pessoa retome o consumo do que foi eliminado em maior quantidade, contribuindo para o ganho de peso.
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Quais são os riscos do efeito sanfona?
Estudos apontam que o efeito sanfona está relacionado ao risco de doenças metabólicas e de alterações cardiovasculares, como diabete, hipertensão, aumento da atividade inflamatória e do colesterol, queda da imunidade e maior risco de mortalidade precoce.
Psicologicamente, o vaivém do peso pode levar à frustração, a sintomas depressivos e à falta de motivação para manter uma alimentação e uma rotina de exercícios saudáveis. A perda de peso pode ser bastante benéfica à saúde, mas há maiores chances de sucesso se feita de forma gradual e lenta, com acompanhamento profissional.
Como emagrecer sem o efeito sanfona?
Diversos profissionais podem auxiliar no processo, por meio de orientação e acompanhamento personalizados que permitam a construção de uma rotina mais saudável e o enfrentamento de questões difíceis para a perda de peso.
Um nutricionista pode montar dietas personalizadas ao paciente, adequadas ao objetivo esperado, às preferências e à rotina apresentadas. O acompanhamento com um psicólogo também pode ajudar nesse processo, permitindo trabalhar fatores que interfiram no comportamento e facilitem a mudança de hábitos de atividades físicas e de alimentação.
Um nutrólogo também pode ser consultado, especialmente quando houver dificuldades para emagrecer. Esse profissional, formado em Medicina, é qualificado para identificar as dificuldades para perder peso e manter o paciente na faixa ideal, investigando a resposta do corpo a determinadas dietas e propondo as soluções adequadas.
Evitar medidas extremas, como dietas altamente restritivas ou rotinas de exercício excessivamente intensas, é o mais importante. A reeducação alimentar e o estabelecimento gradual de rotinas de exercício podem ser métodos mais lentos, mas produzem resultados mais duradouros.
Fonte: Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso), Vigilantes do Peso, Drauzio Varella, Estudos de Psicologia (Natal), Unimed