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Radiação na saúde: como o material radioativo é usado na Medicina?

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A radiação começou a ser utilizada por profissionais da Saúde no final do século 19, após o físico alemão Wilhelm Conrad Röentgen descobrir o raio X. Entretanto, seu uso foi ampliado apenas com as pesquisas de Marie Curie sobre radioatividade e o uso da tecnologia durante a Primeira Guerra Mundial.

Inicialmente, os riscos da radiação à saúde não eram conhecidos. Houve um uso indiscriminado de elementos radioativos e foram notados efeitos negativos no organismo humano, como danos à pele e queda de cabelo. A partir do conhecimento dos riscos, foram elaborados protocolos para reduzir a exposição à radioatividade na Medicina.

Usos da radiação na saúde

A radiação e os materiais radioativos têm aplicações na indústria, agricultura, pecuária e pesquisa, bem como na geração de energia nuclear. Na Medicina, a tecnologia é utilizada para diferentes procedimentos de diagnóstico e de tratamento de saúde.

A Radiologia é a área especializada para lidar com os elementos radioativos na saúde. Além de usar as doses mínimas necessárias para garantir a eficácia dos procedimentos, a especialidade busca reduzir a exposição dos profissionais e pacientes à radioatividade.

Radiologia diagnóstica

Elementos radioativos ajudam na detecção precoce de tumores. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)

A radiação ionizante consegue atravessar o corpo humano e gerar imagens para o diagnóstico de doenças. O exame mais conhecido é a radiografia, que utiliza o raio X para verificar se os ossos estão fraturados ou quebrados. No entanto, existem muitos tipos de procedimento de imagens médicas.

O raio X é aplicado em exames de fluoroscopia para obter imagens em tempo real de estruturas internas em movimento; tomografia computadorizada (TC) de órgãos internos; angiografia de subtração digital para verificação dos vasos sanguíneos; mamografia para o diagnóstico precoce de câncer; e radiografia de tórax para avaliar o contorno do coração.

O diagnóstico realizado usando elementos radioativos ajuda os profissionais de Saúde a determinar a necessidade de uma cirurgia comum ou exploratória, com menos riscos para o paciente, tempo de execução mais curto e recuperação mais rápida.

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Medicina nuclear

PET garante diagnóstico mais preciso que cintilografia. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)

A medicina nuclear utiliza substâncias radioativas introduzidas no paciente para diagnóstico ou tratamento. Os procedimentos não são invasivos e praticamente indolores. As substâncias radioativas são introduzidas no organismo do paciente por meio de injeção, aspiração ou deglutição, a depender da área do corpo.

A cintilografia é o primeiro exame usado em medicina nuclear, enquanto a Tomografia por Emissão de Pósitrons (PET) é um método mais atual e oferece uma maior sensibilidade. Os exames são utilizados para verificar a estrutura de ossos, rins, coração, sistema nervoso e tireoide, além de identificar tumores e metástase.

Já a terapia com medicina nuclear envolve substâncias radioativas como o iodo radioativo I-131, Samário-153 e 177Lu-DOTATATE para tratar hipertireoidismo, câncer de tireoide, tumores ósseos e neuroendócrinos.

Radioterapia

A radioterapia pode ser usada para o tratamento do câncer de forma isolada ou combinada com a quimioterapia. A técnica consiste na emissão de radiações ionizantes, como raio X, para destruição de tumores ou barrar o crescimento de células cancerígenas.

A aplicação da radioatividade é restrita à área a ser tratada. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), metade dos pacientes com câncer que passam pelo procedimento apresentam resultados positivos, como desaparecimento de tumores, com o controle e até a cura da doença.

Contudo, a técnica pode provocar efeitos indesejáveis, a depender da dose e da frequência das aplicações, como perda de apetite, cansaço, coceira e irritação na derme. Em casos mais graves, o paciente pode apresentar febre, dores, assadura e secreções na pele.

Quer saber mais? Assista aqui à opinião e explicação dos nossos parceiros especialistas em saúde.

Fonte: Diagrad, Revista HCSM, Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Star, Instituto Nacional de Câncer (Inca).

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