Alexa será capaz de detectar se alguém estiver tendo um ataque cardíaco

23 de agosto de 2019 3 mins. de leitura
Assistente virtual identificará mudanças no padrão da respiração de quem está sofrendo um infarto.

A assistente virtual da Amazon, Alexa, contará em breve com mais uma funcionalidade que será uma aliada para a saúde. Ela já trabalha como “enfermeira” em alguns hospitais dos Estados Unidos, ajudando os pacientes hospitalizados com demandas como solicitar presença médica e medicamentos ou controlar a televisão. Em breve, ela também identificará diferenças na respiração de pessoas que estão com sinais iniciais de um ataque cardíaco.

Pesquisadores da Universidade de Washington, de acordo com o site Bloomberg, desenvolveram um instrumento sensível aos sons da respiração que pode ser usado em sistemas como a assistente virtual da Amazon, mas também em smartphones e outros dispositivos.

O programa reconhece a chamada respiração agonal, um dos indícios de um infarto, quando a pessoa apresenta suspiros irregulares e fica ofegante, algo que ocorre quando o cérebro não é suficientemente oxigenado.

“É uma espécie de ruído gutural, e sua singularidade faz dele um bom biomarcador de áudio para identificar se alguém está sofrendo uma parada cardíaca”, explica o professor assistente de Anestesiologia e Medicina da Dor da Universidade de Washington, Jacob Sunshine.

Testes e aperfeiçoamento

O novo dispositivo foi colocado em testes com gravações de ligações reais que pessoas em estados iniciais de infarto fizeram para a emergência de Seattle. Pesquisadores extraíram áudios de 2,5 segundos de 162 chamadas realizadas entre 2009 e 2017 e os colocaram em dispositivos inteligentes, como a Alexa. Foram aplicadas técnicas de machine learning para aumentar a base de dados e diminuir a margem de erros e acrescentadas cerca de 83 horas de respiração saudável para oferecer dados negativos para o instrumento.

A Alexa foi capaz de reconhecer a respiração agonal quando o som vinha de até 6 metros de distância em 97% dos casos. Mesmo assim, outros testes serão feitos para que o sistema fique cada vez mais calibrado e diminua o número de análises erradas. “Não queremos alertar serviços de emergência ou entes queridos desnecessariamente, por isso é importante reduzirmos nossa taxa de falsos positivos”, acrescentou o autor primário do estudo e aluno de doutorado, Justin Chan.

Tecnologia como aliada da saúde

A novidade da Alexa é um dos diversos avanços oferecidos pela tecnologia no campo da saúde. Nos últimos anos, foram desenvolvidas várias iniciativas da Tecnologia da Informação na medicina preventiva, para que seja possível antecipar o diagnóstico da doença ou seu reconhecimento ainda nos estágios iniciais, permitindo agilidade no tratamento.

Existem doenças, como descolamento de retina, glaucoma, degeneração macular relacionada à idade (DRMI), retinopatia diabética e uveíte, que já estão sendo diagnosticadas mais rapidamente e com mais eficácia graças aos avanços da tecnologia. Agora, com o novo recurso da assistente virtual da Amazon, pessoas que estiverem sofrendo um ataque cardíaco poderão receber diagnóstico e atendimento mais agilizados.

Como as assistentes virtuais já fazem parte de muitos lares em diversos países, podemos esperar mais novidades envolvendo o uso delas no campo da saúde no futuro.

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Fontes: TecMundo, Optivision.

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