O herpes acomete a maioria da população, porém o vírus tende a ficar incubado e inativo
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Herpes é uma doença infecciosa muito mais comum do que se imagina. Dados da Federação Médica Brasileira (FMB) apontam que até 95% da população brasileira podem ser acometidos pela doença. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 67% da população mundial abaixo dos 50 anos seja infectada pelo tipo simples. Na maior parte do tempo, porém, o vírus fica incubado e inativo no organismo.
Sabe-se que apenas de 10% a 15% dos pacientes infectados desenvolvem sintomas da doença, geralmente quando estão com a imunidade baixa. Apesar das lesões mais comuns serem nos lábios e na região genital, a doença também pode acometer os olhos e outras regiões da epiderme.
O nome “herpes” pode se referir a doenças causadas por dois tipos de vírus: o varicela-zóster (VVZ) e o herpesvírus tipo 1 e tipo 2. O VVZ causa a doença varicela (catapora) e o herpes zóster, conhecido popularmente como cobreiro, causado pela reativação do vírus na idade adulta. Já o herpesvírus causa o tipo mais comum da doença: o herpes simplex 1 (HSV-1), que acomete a região bucal, e o herpes simplex 2 (HSV-2), que acomete a região genital.
A transmissão do herpes é feita por gotículas de saliva, beijos e objetos contaminados levados à boca. Por isso, a maioria das pessoas é exposta ao vírus ainda enquanto é bebê. Uma vez que o vírus invade o corpo, ele se aloja em terminações nervosas, como os gânglios. Quando a imunidade do indivíduo fica comprometida, seja por situações de stress, seja por outras doenças, como gripes e resfriados, o vírus refaz o caminho até a epiderme e causa uma ferida.
O HSV1 também pode causar lesões genitais, mas essas são mais comuns na infecção pelo HSV2, que é transmitido pelo contato sexual desprotegido. As feridas causadas pelo herpes na região genital são perigosas, pois podem ser uma “porta de entrada” para outros vírus, como o vírus da imunodeficiência humana (HIV) e outras infecções sexualmente transmissíveis (IST).
Uma vez que o vírus do herpes entra no corpo, ele não pode ser destruído, então o tratamento está ligado a manter a imunidade em dia. Além disso, pode-se usar remédios antivirais e pomadas quando o vírus está ativo para diminuir os sintomas.
Os principais sintomas do herpes são bolhas e feridas na pele, que podem ser acompanhadas de dor, coceira e vermelhidão. Além disso, os pacientes podem apresentar febre, mal-estar e dores no corpo. No caso do herpes genital, pode ocorrer dor ao urinar e linfonodos na região da virilha; para as mulheres, pode ocorrer corrimento vaginal e desconforto durante o ato sexual.
O diagnóstico pode ser feito apenas por meio de exame clínico por um profissional da Saúde. Quando o paciente está em fase ativa, pode ser colhido material das bolhas para ser levado a exame laboratorial que confirmará o diagnóstico. Mesmo não havendo cura, os sintomas podem ser minimizados pelo tratamento individualizado definido pelo médico.
Como o vírus é altamente contagioso, deve-se evitar o contato físico com pessoas infectadas que estejam com a doença em fase ativa, ou seja, apresentando, por exemplo, bolhas nos lábios. Deve-se, também, evitar o compartilhamento de objetos pessoais, como talheres, copos e itens de maquiagem.
Pessoas que convivem com crises mais frequentes de herpes devem evitar situações de estresse e alterações emocionais. A exposição prolongada ao sol e o consumo de alimentos ricos em arginina, como nozes, amêndoas, chocolate e uva, também podem ser fatores que reativam os vírus.
Fonte: Saúde Abril, Ecycle, Infoescola, Tua Saúde, Sociedade Brasileira de Dermatologia, Diagnósticos do Brasil, Federação Médica Brasileira, Ministério da Saúde, MSD, Minha Vida.