Conhecer os principais sintomas de cada condição pode auxiliar no diagnóstico e no tratamento
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Sono de má qualidade é um fator agravante para diferentes crises, como disfunções em órgãos, e é comumente associado à piora em quadros de crises epilépticas por promover a ativação do sistema nervoso.
Apesar de distúrbios do sono e epilepsias noturnas poderem coexistir, é importante diferenciar os diagnósticos para encontrar o melhor tratamento para ambos e controlar as convulsões durante o sono.
A associação entre epilepsia e distúrbios do sono é antiga, mas foi em 1929 que o psiquiatra Berger viabilizou o registro de correntes elétricas no cérebro humano de forma não invasiva, o que nomeou de eletroencefalograma (EEG).
O EEG é imprescindível para a investigação diagnóstica, mas, ainda assim, pacientes com epilepsia costumam reclamar de sintomas associados aos distúrbios, como:
Segundo estudos, um terço desses pacientes apresenta quadros de crises também durante o sono, mas os que têm crises exclusivamente noturnas chegam a variar de 7,5% a 45%, sendo o tipo de crise epiléptica o fator principal dessa variação.
Alguns tipos de epilepsia são mais comuns durante o sono, e o diagnóstico é dificultado não só pela variedade de quadros epilépticos como também por:
Existem diferentes quadros associados ao sono, sendo possível distingui-los melhor conforme os sintomas e os quadros convulsivos.
Acontece de forma esporádica com crises que geralmente começam por volta dos 8 anos de idade. Os exames costumam ter resultados normais e podem acontecer convulsões noturnas agrupadas e breves durante o sono sem movimento rápido dos olhos (NREM).
Nesses casos, as crises se iniciam por volta dos 2 anos aos 13 anos, e o EEG aponta atividade aguda da região centrotemporal (e suas proximidades) com ativação durante o sono. A remissão da doença ocorre de forma espontânea durante a adolescência.
A ocorrência em ambas acontece desde o início da vida até os 12 anos. Os exames de EEG apresentam descargas ativadas pelo sono e por algum tipo de déficit neuropsicológico, dificultando um bom prognóstico, apesar de pacientes manifestarem crises epilépticas facilmente controladas.
Esse tipo de epilepsia é mais frequente em adultos, ocorrendo durante o estágio do sono NREM e, ocasionalmente, durante o sono com movimento rápido dos olhos (REM), quando ocorrem sonhos e consolidação da memória de curto prazo.
Nessas síndromes, o sono pode ser fator agravante, sendo que:
A confusão entre crises epilépticas noturnas e distúrbios do sono é comum, por isso o primeiro passo para se fazer um diagnóstico diferencial é conhecer as diversas manifestações de epilepsia do sono, bem como os principais transtornos relacionados ao sono.
Entre esses transtornos, a divisão acontece em dois grupos:
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Fonte: Revista Brasileira de Neurologia, Academia Brasileira de Neurologia.