Um novo estudo dos EUA mostrou que o congelamento de óvulos pode ser uma opção melhor para quem deseja uma posterior gravidez de sucesso
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Um grande estudo, liderado por pesquisadores da NYU Grossman School of Medicine (EUA) e do NYU Langone Fertility Center (EUA), apresentou os resultados referentes a 15 anos de análise do descongelamento de óvulos de mulheres com declínio de fertilidade devido à idade.
Na sequência, saiba mais do congelamento de óvulos e veja as conclusões promissoras do estudo ao comparar o método com a fertilização in vitro (técnica de reprodução assistida).
Muitas pessoas querem se tornar mães, no entanto essa nem sempre é uma escolha que desejam para o momento atual de vida. Diante da possibilidade de infertilidade ou gravidez de risco pelo avanço da idade, tem-se tornado cada vez mais comum a busca pelo congelamento de óvulos (que também pode ser indicado no caso de algumas doenças).
O primeiro passo é a realização de exames prévios ao procedimento. Depois, para aumentar o número de óvulos, são administrados remédios injetáveis (geralmente na barriga) da pessoa.
Essas etapas duram em torno de duas semanas. Após a finalização desse período, a pessoa está pronta para realizar a coleta dos óvulos que serão congelados, o que é feito em um centro cirúrgico, com sedação.
Na extração, utiliza-se uma agulha acoplada a um aparelho de ultrassom, que permite a extração dos folículos dos ovários (os óvulos ficam localizados dentro dessas unidades).
Posteriormente, em laboratório, os óvulos são retirados de dentro dos folículos com a ajuda de uma agulha fina e passam por um processo de maturação por aproximadamente duas horas. Feito isso, eles são imersos em uma substância congelante, que vai protegê-los e diminuir a quantidade de líquido em seu interior, evitando a formação de cristais, que podem causar danos aos óvulos.
Inicia-se, então, o processo de vitrificação, que consiste na colocação dos óvulos em nitrogênio líquido (substância que leva a temperatura a 196 graus negativos em questão de minutos).
É essa etapa que garantirá o congelamento e a preservação dos óvulos, que podem permanecer armazenados por até dez anos sem que haja prejuízo na qualidade deles. Lembrando que, quanto mais jovem o óvulo é extraído, maior tende a ser a qualidade dele (o ideal é até 35 anos).
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A pesquisa contou com 543 participantes que tinham idade média de 38 anos no momento do congelamento de óvulos, o que é superior ao recomendado, que é de 35 anos ou menos.
No fim, somando todas as pacientes, foram realizados 800 ciclos de congelamento de óvulos (ou seja, algumas pacientes fizeram mais de uma coleta ou congelamento), 605 descongelamentos de óvulos e 436 transferências de embriões (entre o período de 2005 e 2020).
As análises mostraram que um número considerável de mulheres teve mais de um filho por meio dos óvulos congelados. No total, a pesquisa relatou 211 bebês provenientes do procedimento.
Comparado a isso, o estudo apresentou os dados de mulheres de 40 anos que realizaram fertilização in vitro. Estas obtiveram uma taxa de sucesso de menos de 30%, e somente 20% deram à luz a bebês vivos, de acordo com dados coletados nos centros de doença e prevenção de quase 500 clínicas de fertilidade dos Estados Unidos.
Isso comprova que o congelamento de óvulos é um processo que tende a ser mais eficiente, uma vez que a investigação constatou que 39% das mulheres entre 27 e 44 anos tiveram pelo menos um filho a partir dos óvulos congelados.
A taxa de sucesso é ainda maior selecionando a faixa etária de mulheres com menos de 38 anos (com 20 ou mais óvulos descongelados), que atingiram uma taxa de 70% de nascidos vivos por paciente.
Por fim, constatou-se que, à medida que as pacientes mais jovens congelam óvulos e realizam mais de um ciclo, as taxas de sucesso devem ser ainda maiores do que as relatadas.
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Fonte: Science Daily