Além da aplicação no mercado financeiro, no varejo e na logística, o blockchain tem muito a contribuir com a área da Saúde
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A tecnologia blockchain, surgida no fim da década de 1970, teve o emprego de diversas soluções enquanto evoluía, passando pelo mercado de criptomoedas, como bitcoin, no qual é aplicada de forma mais popularmente conhecida, e a oferta de contratos inteligentes, dispensando a necessidade de intermediários no processo.
O funcionamento consiste no armazenamento de dados em blocos que ficam dispostos em uma cadeia que garante tanto o registro da origem quanto o monitoramento. Nela, cada transação gera um hash, que consiste em um código apresentado como uma identificação digital única. Este, por sua vez, é armazenado no ledger, local que abriga todos os registros e funciona como um banco de dados.
O mecanismo impossibilita, por exemplo, que uma das partes alegue que uma transação ou um processo existente não tenha sido concluído. A dinâmica, por ser complexa, aumenta a demanda de profissionais qualificados na área.
Na área da Saúde, o blockchain tem bastante a contribuir com a oferta de sistemas mais ágeis e seguros. Isso porque, entre as principais vantagens, três se evidenciam, sendo a imutabilidade das informações uma delas, evitando que qualquer lançamento seja alterado ou excluído após entrar no sistema médico, impedindo a violação dos dados.
Utilizando a criptografia, as redes blockchain são descentralizadas, de modo que os dados ficam armazenados de forma transparente. O consenso é o terceiro elemento que estabelece a dinâmica da rede, significando que é necessário obter o consentimento das pessoas envolvidas para que uma transação ou um processo seja efetivado de fato.
Com a adoção do sistema, é possível proteger dados sensíveis e tornar os registros médicos mais seguros, além de permitir que recursos de monitoramento de pacientes sejam implantados. Na prática, isso reduz a necessidade de apresentar exames a cada consulta, mantendo todo o prontuário salvo.
Já na logística, por exemplo, o blockchain confere maior segurança ao integrar operações que até então eram realizadas em papel, evitando o desencontro e a perda de informações nas etapas envolvidas na cadeia de suprimentos. Com isso, a tecnologia pode automatizar os processos de validação existentes na área médica.
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Em meio ao crescente avanço de crimes cibernéticos e ameaças à segurança, o blockchain se destaca pela eficiência na proteção e no gerenciamento de dados, principalmente quando em comparação com soluções que foram empregadas até então no setor.
A temática é especialmente relevante considerando que o Brasil é um dos principais alvos de crimes cibernéticos, evidenciando, no processo de transformação digital pelo qual as companhias passam, a enorme necessidade de implantar ferramentas que assegurem a integridade das informações.
Graças aos resultados positivos, grandes empresas dos ramos de varejo, logística e tecnologia da informação encontram aplicações para blockchain, aumentando o potencial para que novas soluções sejam adotadas e que o constante processo de evolução delas resulte em recursos personalizados para cada área de atividade.
Fonte: Estadão
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