A síndrome grave tem relação com a ruptura do tecido muscular e manifestações clínicas variáveis
Publicidade
O crescimento do número de casos de depressão e ansiedade nos últimos anos tem sido um motivo de grande preocupação para especialistas e profissionais da área de saúde. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que houve um aumento de 25% nos diagnósticos desse tipo de doença após a pandemia.
Um dos primeiros impulsos ao se sentir ansioso ou depressivo é buscar remédios que diminuam os sintomas imediatos, o que pode ser bastante útil em casos graves, sempre com a prescrição de um médico. Porém, estudos indicam que a mudança de hábitos pode ter um impacto enorme nos pacientes sem a necessidade de drogas e outras substâncias, especialmente os ligados à diminuição do estresse e à regulação de hormônios.
Nesse processo, um hábito se destaca como extremamente positivo: a atividade física regular. Os benefícios são tantos que alguns cientistas já classificam os exercícios físicos como “o melhor dos antidepressivos”.
De forma geral, entre 40% e 60% dos pacientes que fazem uso de remédios antidepressivos obtêm resultados positivos. Embora isso possa parecer um bom número, pesquisas mostram que esse número não foi significativamente maior do que o registrado em pacientes que receberam placebo.
Isso acende um alerta sobre o uso exacerbado de medicações para o tratamento desse tipo de doença, visto que os efeitos colaterais dos remédios utilizados podem ser bastante complicados para o paciente.
Um estudo da Universidade da Austrália Meridional finalizado em fevereiro de 2023 obteve conclusões interessantes sobre a influência da prática de atividades físicas no tratamento e na prevenção de doenças como a ansiedade e a depressão.
Segundo os cientistas, praticar exercícios é até 50% mais eficaz do que os efeitos da medicação prescrita por médicos no combate à depressão.
Com base em dados de pelo menos mil testes, com mais de 120 mil pessoas no total, os pesquisadores atestaram que a prática de exercícios por até 12 semanas foi o remédio mais eficiente dentre todos os analisados para o combate às doenças mencionadas acima.
Outro estudo — da Universidade de Potsdam, na Alemanha — concluiu que a atividade física moderada e aeróbica é a que apresenta maiores benefícios para a saúde mental. Apesar disso, os cientistas afirmam que é preciso uma análise individual para cada diagnóstico, já que alguns tipos de atividade física podem ser dolorosos ou tediosos para certos perfis de paciente, correndo o risco de produzir o efeito contrário no indivíduo.
Durante a prática de exercícios, o corpo libera hormônios importantes para a sensação de bem-estar e relaxamento, como endorfina, ocitocina e dopamina. Além disso, manter o corpo em forma e com menores percentuais de gordura tem efeitos positivos na autoestima.
Outro benefício das atividades físicas é a melhora do sono, o que também é importante para combater a ansiedade e a depressão. Dormir bem é fundamental para que os hormônios sejam regulados de maneira adequada, e isso impacta diretamente a sensação de bem-estar.
Fonte: Drugs.com, InsideHook, ScienceDaily, NeuroScience News