Também conhecido pela sigla SII, esse distúrbio está ligado aos hábitos alimentares e à saúde mental do paciente
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A síndrome do intestino irritável (SII), antigamente conhecida como colite irritável, é uma doença no trato digestivo que se caracteriza por episódios de forte dor abdominal, diarreia, gases e prisão de ventre.
Apesar de se parecer com outros problemas intestinais, a SII pode durar meses, fazendo que o desconforto seja constante.
Esse distúrbio ocorre, mais especificamente, no intestino grosso, órgão responsável pela absorção de água e sais minerais decorrentes da digestão de alimentos no intestino delgado. Como parte desse processo, o intestino grosso realiza contrações, fundamentais para que os resíduos sejam eliminados.
Durante um quadro da síndrome do intestino irritável, as contrações acontecem de forma anômala, causando dores e outros sintomas sem um motivo aparente.
Dados indicam que entre 10% e 20% da população ocidental são afetados pela doença, especialmente a faixa etária entre 20 e 40 anos. Isso faz que a síndrome seja o distúrbio funcional mais frequente em todo o mundo.
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As causas da Síndrome do intestino irritável ainda são pouco conhecidas. Porém, os cientistas acreditam que ela pode estar relacionada a fatores emocionais, alimentação e outras doenças preexistentes.
Episódios de gastroenterite, por exemplo, são uma causa comum prévia à síndrome. Alguns alimentos, como trigo, laticínios, feijão, chocolate e café, também são associados ao aparecimento e agravamento dos sintomas da SII.
Altos níveis de neurotransmissores ligados a estresse e algumas doenças, como depressão e ansiedade, são fatores comuns associados ao distúrbio.
O abuso de alguns medicamentos e a utilização de hormônios também podem ser causas da SII. Porém, como dito anteriormente, ainda há poucas informações sobre como exatamente esses fatores podem desencadear a síndrome.
Os principais sintomas da síndrome do intestino irritável são:
O diagnóstico não é tão simples, já que a maior parte das pessoas parece saudável ou tem sintomas que podem ser confundidos com outras doenças mais comuns. O primeiro passo costuma ser uma avaliação médica com base nos sintomas descritos pelo paciente.
Após isso, alguns outros exames laboratoriais podem ser conduzidos, como é o caso da colonoscopia, capaz de observar o intestino internamente.
Uma das estratégias do tratamento consiste em conter dos sintomas. Alguns remédios podem ser utilizados para casos de diarreia, constipação e dores severas. Laxantes, anticolinérgicos e antidiarreicos são os mais comuns.
Porém, o melhor para a síndrome do intestino irritável é a mudança de hábitos, especialmente da dieta. O consumo de fibras, por meio de frutas, verduras e legumes, é essencial para o bom funcionamento do sistema digestivo, assim como a diminuição do consumo de gorduras, sódio e produtos ultraprocessados.
Beber água também é fundamental; a quantidade recomendada para um adulto saudável é cerca de 2 litros por dia. Sem uma hidratação adequada, o processo de produção de fezes é prejudicado, podendo gerar dor e irritação na passagem pelo intestino.
Por fim, a prática de atividades físicas é importante para uma boa regulação dos hormônios e dos neurotransmissores. Ela é essencial para o tratamento da ansiedade e da depressão, sendo capaz de diminuir o estresse naturalmente.
Além disso, é importante lembrar que todo tratamento deve ser feito com acompanhamento médico. Por isso, em casos de sintomas persistentes, não hesite em procurar um profissional.
Fontes: MSD Manual, Drauzio Varella, Fleury
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