Avanços em ciência e tecnologia transformam a jornada do paciente oncológico - Summit Saúde

Avanços em ciência e tecnologia transformam a jornada do paciente oncológico

6 de novembro de 2024 4 mins. de leitura

Diagnósticos rápidos, precisos e precoces aliados aos mais modernos tratamentos aumentam as chances de cura de diversos tipos de tumor Por A.C.Camargo Cancer Center e Estadão Blue Studio A descoberta de um câncer é um momento impactante na vida de qualquer pessoa, iniciando uma jornada cheia de desafios. Os avanços na medicina e as novas […]

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Diagnósticos rápidos, precisos e precoces aliados aos mais modernos tratamentos aumentam as chances de cura de diversos tipos de tumor

Por A.C.Camargo Cancer Center e Estadão Blue Studio

A descoberta de um câncer é um momento impactante na vida de qualquer pessoa, iniciando uma jornada cheia de desafios. Os avanços na medicina e as novas tecnologias têm contribuído para que o tratamento oncológico seja mais eficiente e menos custoso.

No A.C.Camargo Cancer Center, cirurgias minimamente invasivas, como as robóticas, reduzem o tempo de internação nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). Pacientes passam em média 3,28 dias, enquanto a média em outros hospitais privados é de 5,98 dias. Processos personalizados no atendimento também contribuem para a menor procura por pronto-socorro, como enfermeiras navegadoras coordenando toda a jornada do paciente, diminuindo o tempo de espera para o início do tratamento, sempre em conformidade com os protocolos clínicos. Dados do A.C.Camargo mostram que pacientes “navegados” têm 16% mais chances de cura e custam R$ 25 mil a menos para o sistema de saúde.

O modelo exclusivo de um Cancer Center como o A.C.Camargo acompanha de forma eficaz toda a jornada do paciente, do diagnóstico ao tratamento e até remissão. Ao considerar o paciente em sua totalidade e com um planejamento personalizado, o desperdício é minimizado, tornando a cadeia mais eficiente e gerando melhores resultados.

Rastreamento ágil

Segundo o Dr. Felipe Coimbra, líder cirúrgico do Centro de Referência de Tumores do Aparelho Digestivo Alto do A.C.Camargo, o diagnóstico precoce é essencial para o sucesso no tratamento oncológico. “O check-up anual é uma ferramenta valiosa para identificar anomalias ainda em estágio inicial”, afirma o médico. No caso do câncer de estômago em homens, quando diagnosticado precocemente, a taxa de cura é superior a 80%, enquanto no estágio 3 cai para 48%. Em mulheres, as chances de cura diminuem de 88% para 47%, do estágio 1 para o estágio 3, respectivamente.

O câncer de pâncreas, uma das neoplasias mais agressivas, é frequentemente descoberto tardiamente devido à ausência ou à sutileza dos sintomas iniciais. “Desenvolvemos no A.C.Camargo um protocolo de diagnóstico rápido para o câncer de pâncreas, que reduz o tempo de espera para diagnóstico e início do tratamento para 72 horas. Essa iniciativa inclui um sistema que integra todos os serviços necessários para um planejamento terapêutico eficiente”, explica Coimbra.

Tumor com sobrenome

As novas tecnologias permitem detectar o câncer de forma mais rápida e detalhada, identificando o tipo exato de tumor e suas características moleculares. “Com essas informações, podemos selecionar tratamentos mais eficazes e melhorar o prognóstico, aumentando as chances de sucesso”, explica a pesquisadora Dirce Maria Carraro, responsável pela divisão de Pesquisa e Desenvolvimento do Núcleo de Diagnóstico Genômico do A.C.Camargo.

Para casos complexos que exigem abordagens além dos protocolos tradicionais, o A.C.Camargo conta com o Tumor Board, um grupo multidisciplinar de médicos e pesquisadores que, juntos, definem a melhor conduta.

Do começo ao recomeço

Após concluir o tratamento e ‘tocar o sino’, que marca o fim de um ciclo, o paciente oncológico segue em acompanhamento por, pelo menos, cinco anos até ser considerado curado, mas já retoma suas atividades e reconstrói sua vida antes desse período.

Luciana da Costa, 45 anos, gerente de Nutrição do A.C.Camargo, foi diagnosticada com câncer de mama em fevereiro de 2023. “Minha vida virou de cabeça para baixo. Foi um ano de cirurgia, quimioterapia, radioterapia e terapia-alvo”, relembra. Durante o tratamento, Luciana não se afastou completamente do trabalho. “Acreditava que ficar em casa pensando na doença seria pior. Embora debilitada em alguns momentos, trabalhei remotamente sempre que possível.”

Ao retornar, Luciana se sentiu insegura e angustiada. “Eu associava a doença à minha rotina anterior, como se meu estilo de vida tivesse causado o câncer. Queria mudar tudo.” Com o tempo, percebeu que o importante era o cuidado atual. “Sempre me preocupei com a alimentação, então mantenho uma dieta equilibrada, não consumo álcool e pratico exercícios diariamente. Sinto-me bem e fortalecida para recomeçar.”

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Foto: Divulgação/AC Camargo

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