Telemedicina: setor da saúde passa por mudanças durante pandemia - Summit Saúde

Telemedicina: setor da saúde passa por mudanças durante pandemia

31 de março de 2021 4 mins. de leitura

Com maior necessidade de gestão e planejamento empresarial, hospitais e consultórios devem investir na telemedicina

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O setor da saúde tem passado por um processo de transformação durante a pandemia de covid-19, e a tendência é que a situação continue assim por mais algum tempo. Enfrentando uma crise econômica e humanitária, hospitais e clínicas lutam diariamente para otimizar o atendimento de pacientes, e a telemedicina tem-se mostrado um recurso eficiente nesse processo.

Por meio do acompanhamento remoto, as instituições enfrentam cada vez mais a exigência constante de ter uma capacidade de gestão e planejamento empresarial. Portanto, o que surgiu como um improviso para atender à demanda diferenciada dos últimos meses acabou mostrando potencial para mudar a perspectiva do Brasil e do mundo sobre como fazer medicina para o futuro.

A adesão da telemedicina no Brasil

Telemedicina ajuda a melhorar o fluxo de atendimentos nos espaços físicos de consultórios e hospitais. (Fonte: Shutterstock)
Telemedicina ajuda a melhorar o fluxo de atendimentos nos espaços físicos de consultórios e hospitais. (Fonte: Shutterstock)

Com o início da pandemia no Brasil, o Ministério da Saúde abriu uma portaria em caráter excepcional que autorizou o atendimento médico por telemedicina, telediagnósticos e teleconsultas em todo território nacional pelo tempo necessário até que a crise mundial tenha fim.

Dessa forma, a tendência é que novas resoluções sejam criadas para o futuro, e o setor da saúde passe a abraçar o atendimento remoto de maneira oficial mesmo com o término da pandemia. Para que isso ocorra, basta que o Conselho Federal de Medicina (CFM) crie uma nova regulamentação que aprove o uso da medicina online de maneira oficial no Brasil.

Além de ajudar na diminuição de filas em espaços físicos de atendimento clínico e hospitalar, a telemedicina colaborou intensivamente para salvar vidas nos últimos meses. Com a implementação dos novos modais de suporte médico, pacientes dos chamados “grupos de risco da covid-19” puderam evitar deslocamento e exposição desnecessários.

O futuro do setor da saúde

Recentemente, a utilização da telemedicina cresceu exponencialmente em diversos cantos no mundo. A França, por exemplo, passou de 10 mil atendimentos remotos por semana em março de 2020 para mais de 1 milhão na segunda semana de abril do mesmo ano. Porém, o uso dessa ferramenta também requer um bom preparo.

Agora, com mais conhecimento sobre a prática, os profissionais de saúde obtiveram maior compreensão de como lidar com as consultas online e de que maneira utilizá-las no dia a dia. Entretanto, é bem possível que o tema passe a ser mais abordado nos centros de formação de médicos a fim de prepará-los para a realidade do mundo digital.

A pandemia também mostrou ao setor da saúde que o mercado deve prosseguir na tendência de maior uso de soluções digitais e ferramentas de automação. Dessa forma, sistemas de comunicação e agendamento de consultas ou monitoramento de exames podem ser movidos para os meios online para remover um pouco da demanda trabalhista nos espaços físicos de hospitais e consultórios.

Auxílio ao atendimento presencial

O CFM ressalta a necessidade de sistemas de proteção de dados para o uso da telemedicina no Brasil. (Fonte: Shutterstock)
O CFM ressalta a necessidade de sistemas de proteção de dados para o uso da telemedicina no Brasil. (Fonte: Shutterstock)

Na visão de especialistas do Conselho Federal de Medicina (CFM), a telemedicina não é outro tipo de medicina, mas uma maneira de facilitar o acesso à saúde no País. Autorizada no Brasil desde abril de 2020 pela Lei nº 13.989/20, a ferramenta virou tema importante de debate por uma comissão especial do CFM.

Formado por 11 pessoas, o grupo de conselheiros entende que a telemedicina deve atuar como um complemento do atendimento médico presencial, quando necessário, e necessita de sistemas estruturados de dados para proteção à informação dos pacientes. 

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Fonte: CFM, Medicina S/A, Revista Questão de Ciência, Senado.

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