Experimento com 67 mil profissionais de Saúde de Manaus comprovou a eficácia da vacina contra a variante P1
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Um novo estudo confirma a proteção da Coronavac contra a variante do coronavírus P1. Uma pesquisa conduzida pelo grupo Vebra Covid envolveu 67.718 profissionais de saúde de Manaus e apontou que a vacina tem 50% de eficácia na prevenção da doença após 14 dias da imunização com a primeira dose.
As novas cepas do coronavírus, mais transmissíveis e com maior letalidade, têm gerado uma preocupação adicional para os sistemas de saúde. A Coronavac, até o momento, se mostrou eficaz contra as três principais variantes do Sars-Cov-2 que circulam no Brasil em um estudo preliminar realizado com 35 pessoas vacinadas pela Universidade de São Paulo (USP), divulgado em março.
Atualmente, 85% das vacinas aplicadas no Brasil são fabricadas pelo Instituto Butantan. Foram 46 milhões de doses disponibilizadas para o Plano Nacional de Imunização (PNI). Até o final de agosto, o estado de São Paulo espera atingir a marca de 100 milhões de doses entregues.
A análise realizada de forma preliminar pelo grupo Vebra Covid-19 é a primeira que avalia a efetividade do imunizante fabricado pelo Instituto Butantan em locais onde a variante P1, conhecida como variante de Manaus, é predominante.
A partir de dados da Secretaria Municipal de Saúde da capital amazonense foi realizado o levantamento dos profissionais do setor que tiveram diagnóstico confirmado de covid-19. Entre os imunizados com a primeira dose, foi verificado um nível de efetividade de 50%. Entretanto, os pesquisadores lembram que a cidade tem muitos casos de infecção prévia e esperam que esse índice possa crescer após a aplicação da segunda dose.
O Vebra Covid (sigla em inglês de Vaccine Effectiveness in Brazil against Covid-19) reúne pesquisadores de instituições nacionais e internacionais, contando com o apoio da Secretaria de Saúde do Amazonas, Secretaria de Saúde de São Paulo, Secretaria de Saúde de Manaus e Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo, além da Organização Pan-americana de Saúde (Opas).
O grupo também avaliará a efetividade da Coronavac e da vacina da Astrazeneca/Oxford em idosos em Manaus, Campo Grande, São Paulo e no estado de São Paulo.
O Chile é o país da América do Sul que mais teve imunização proporcionalmente, chegando a atingir a metade da população com a primeira dose, de acordo com dados da Universidade de Oxford. De um total de 10 milhões de doses, 93% eram da Sinovac. O restante era da vacina produzida pela AstraZeneca.
Um estudo realizado pela Universidade do Chile avaliou que a aplicação rápida da vacina reduz em 10% o número de novos casos por dia, em média, e até 64% a mais entre pessoas com mais de 70 anos de idade.
Fonte: Agência Brasil, Estadão, diarioUchile.