Doença rara costuma ser mais comum entre mulheres jovens
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O Sistema Único de Saúde (SUS) vai ofertar aos pacientes a realização do exame de anticorpos contra o receptor de acetilcolina, responsável pelo diagnóstico dos casos de miastenia gravis — doença que tem como um dos seus sintomas mais conhecidos a queda da pálpebra e a visão distorcida.
Anteriormente, para analisar um possível caso dessa enfermidade, a detecção era feita com base no histórico do paciente junto ao exame de eletroneuromiografia, o qual avalia se existem lesões nos nervos e músculos do paciente, devido à estimulação nervosa repetitiva (ENR).
A miastenia gravis é uma doença autoimune sem cura e tem como sintomas também a fraqueza em músculos, braços, pernas, tórax, rosto ou de forma generalizada pelo corpo.
Qualquer pessoa, independente da idade, pode ter a doença, mas é comum que as mulheres apresentem mais casos do que os homens. O tratamento consiste na utilização de remédios que trabalham na remoção do excesso de anticorpos responsáveis por causar a enfermidade.
Em agosto do ano passado, foi realizada uma consulta pública para atualizar o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) da doença miastenia gravis, segundo o Ministério da Saúde. O objetivo foi ouvir e entender de que forma podem ser feitas contribuições aos pacientes que a têm. Para isso, participaram profissionais de saúde, pesquisadores, pacientes e seus familiares.
A patologia pode se manifestar de duas formas: autoimune ou adquirida e congênita. Em casos de pacientes autoimunes, a imunidade do corpo se volta contra os componentes responsáveis pela transmissão dos estímulos nervosos, fazendo os músculos se contraírem.
Com o tempo, as fibras musculares vão se degenerando e atrofiando. No caso da miastenia congênita, os anticorpos produzidos pela gestante conseguem passar pela placenta e atingir o feto.
Conforme o passar do tempo, os pacientes podem sentir dificuldades de executar movimentos simples, desde abrir e fechar os olhos, movimentar a cabeça, andar e até mastigar. Segundo dados do portal Miastenia, divulgados pela Associação Brasileira de Miastenia (Abrami), a prevalência da doença é de 25 a 142 milhões de habitantes, levando a uma estimativa de quase 30 mil casos de miastênicos em território nacional.
Fonte: Ministério da Saúde, Miastenia.