Plataformas de diagnóstico e equipamentos de fisioterapia podem ajudar quem passou por internação
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A tecnologia é uma grande aliada de médicos e pesquisadores no combate à covid-19 e ela tem sido essencial durante várias etapas da pandemia, desde no mapeamento geneticamente o sistema imunológico, a partir de um banco de dados para compreender melhor uma doença, até no desenvolvimento de vacinas eficazes.
Entre tantos avanços, há também processos que reduzem sequelas e melhoram as chances de recuperação de pacientes que foram internados ou que precisam de uma reabilitação mais complexa. E eles estão diretamente relacionados com duas áreas cada vez mais frequentes: a Inteligência Artificial e a Robótica.
Um dos projetos que usa a IA no combate à pandemia está em desenvolvimento na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). A ideia dos pesquisadores é desenvolver um sistema capaz de identificar a gravidade dos casos de covid-19 atendidos em pronto-socorro a partir do cruzamento de dados e a análise de diversos exames realizados pelo paciente.
Desse modo, é possível direcionar esforços e tratamentos aos pacientes de acordo com o resultado, priorizando aqueles com capacidade de desenvolver sintomas mais agressivos da doença. O projeto ainda está em fase de testes, mas um experimento com 51 pacientes detectou uma precisão de 81% de predição para casos não graves e até 95%, caso sejam adicionados dados como a saturação de oxigênio.
Outra utilização da IA no Brasil para combater a covid-19 está em andamento na Unicamp. A universidade foi escolhida para desenvolver um sistema que pode identificar a presença de mutações e formação de novas cepas do novo coronavírus.
A plataforma pode encontrar essas respostas ao avaliar uma extensa base de dados hospitalares, processando algumas informações, como histórico de pacientes, evolução dos casos, exames de laboratório, prontuários de internação e estatísticas— dados que levariam muito mais tempo para serem lidos, analisados e cruzados caso fossem tratados somente por especialistas humanos.
Até mesmo o Bluetooth e outras tecnologias de localização podem auxiliar a população, incluindo quem não está infectado. Softwares feitos em parcerias com governos e prefeituras registram em mapas as regiões com pessoas infectadas para evitar transmissão e reinfecção.
Além disso, se alguém que não foi exposto ao vírus estiver próximo de outro que pegou a doença, essa pessoa recebe uma mensagem para eventualmente tomar mais cuidado ao longo dos próximos dias se desenvolver sintomas iniciais.
Entre as sequelas deixadas pela covid-19, muitos pacientes podem precisar de fisioterapia e acompanhamento para recuperar a capacidade de movimentação.
A Santa Casa de Porto Alegre, por exemplo, utiliza um equipamento chamado Mobitronic para acelerar o processo de recuperação de pacientes com problemas neuromusculares, que incluem fraqueza e dificuldades motoras.
Além de permitir movimentos para os exercícios físicos, o próprio robô realiza avaliações que determinam o melhor tratamento com base em avaliações elétricas dos músculos. O tratamento pode ser realizado até mesmo no leito do hospital, o que acelera e otimiza o processo de recuperação.
Fonte: Unifesp, Afpesp, Santa Casa de Misericórdia Porto Alegre.