A importância dos cuidados paliativos para o câncer de mama

18 de outubro de 2019 3 mins. de leitura
Cuidados paliativos garantem uma qualidade de vida melhor para quem tem câncer de mama

Cuidar da saúde de um paciente com câncer de mama não significa apenas investir na cura da doença. Especialmente porque, como sabemos, a cura nem sempre é garantida. Por isso, os cuidados paliativos são essenciais para que o paciente tenha uma boa qualidade de vida, independente do estágio da doença.

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), essas medidas se enquadram como cuidados de saúde ativos prestados a pessoas com doenças graves e progressivas, que ameaçam a continuidade de suas vidas — como é o caso do câncer.

(​Fonte: Shutterstock)

O objetivo desses cuidados é promover uma maior qualidade de vida, tanto para o paciente quanto para seus familiares.

Eles são direcionados para aliviar o sofrimento do paciente, mas também para identificar situações passíveis de tratamento, além de ajudar a lidar com questões sociais, psicológicas e mesmo espirituais de quem está passando por uma doença debilitante.

Devido a isso, a opção tem sido muito buscada entre os pacientes com câncer de mama — o mais comum entre as mulheres no Brasil.

Quando os cuidados paliativos são indicados?

Os cuidados paliativos, muitas vezes, são vistos como passivos — ou seja, uma opção quando não há mais alternativas para cuidar da saúde do paciente.

A verdade, no entanto, é que eles podem fazer muita diferença na vida de quem possui câncer de mama em estágios mais avançados, já que essas pessoas costumam passar por tratamentos cirúrgicos ou radioterapêuticos — opções que afetam o paciente física e psicologicamente.

Mas, esses cuidados não precisam começar apenas quando o paciente está em fase terminal. O Inca recomenda que os cuidados paliativos entrem na rotina o mais cedo possível, sendo associados ao objetivo de cura. Se a doença persistir e avançar, esses cuidados devem se estender aos aspectos psicológicos e sociais da vida do paciente.

Onde são oferecidos?

O atendimento deve ser promovido por equipes especializadas em hospitais ou por assistências domiciliares e escolhido de acordo com as necessidades do paciente. Além disso, pode ser concedido tanto pela família quanto pela equipe médica — oncologistas, enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionistas, psicólogos, etc.

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Aumento na qualidade de vida

Os cuidados paliativos podem reduzir problemas relacionados ao câncer, como anorexia, dispneia, estresse e problemas psicológicos — a depressão, por exemplo.

A expectativa é de que, assim, o paciente viva da maneira mais ativa possível mesmo diante da enfermidade. Lidar com pensamentos sobre a morte, reorganizar os sentimentos sobre a vida, permanecer integrado à sociedade e se preparar para o possível avanço da doença são alguns dos tópicos abordados durante os cuidados paliativos.

A reflexão também costuma se estender aos familiares dos pacientes. Dessa forma, eles aprendem a reorganizar suas rotinas, desenvolvem habilidades para apoiar o paciente e passam a assimilar seus próprios sentimentos em relação ao câncer.

Fontes: Ministério da Saúde, Inca.

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