Especialistas alertam para falhas na proteção com máscaras contra vírus em indivíduos com determinados tipos de barba e bigode
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Com todas as atenções direcionadas à saúde pública mundial em razão da descoberta do novo agente do coronavírus, a covid-19, após casos registrados na China, é essencial estar atento às novidades para se prevenir da doença. De acordo com especialistas em saúde do Centers for Disease Control and Prevention (CDC), diferentes estilos de barba e bigode podem tornar indivíduos mais ou menos suscetíveis a pegar o vírus.
O CDC criou um infográfico que mostra quais modelos podem ser usados com máscara sem impedir a proteção. Apesar de o material publicado em 2017 não abordar especificamente o coronavírus, serve de alerta a qualquer tipo de doença, por isso ressurgiu após o surto da doença em vários países.
A explicação é que os pelos do rosto atrapalham a vedação das máscaras, consideradas cruciais no dia a dia de profissionais da saúde e pacientes infectados, para que evitem o contágio da população. Segundo o CDC, estudos mostram que mesmo uma barba baixa — ou de um ou dois dias por fazer — já reduz a proteção e pode causar de 20 a 1 mil vezes mais vazamentos do que em indivíduos sem pêlos faciais.
De acordo com publicação do The Washington Post, no Reino Unido, onde já há casos confirmados do vírus, foi solicitado aos profissionais da National Health Services (NHS), o serviço de saúde local, que se barbeiem, a fim de permitir que as máscaras se ajustem com mais segurança, em uma tentativa de limitar a propagação do vírus. No entanto, é opcional para quem usa barba por motivos culturais ou religiosos.
Apesar de o infográfico ter se tornado viral, até o momento o Reino Unido foi o único país a tornar oficial a iniciativa.
De acordo com a Organização Pan-Americana de Saúde e a Organização Mundial de Saúde (OPAS/OMS), já são 87.137 casos de Covid-19 confirmados até o momento em 59 países, a maioria na China (79.968). O Brasil confirmou dois pacientes: um em 26 de fevereiro e outro em 29 de fevereiro de 2020 — até o dia da publicação deste texto.
As medidas de proteção são as mesmas utilizadas para prevenir doenças respiratórias. Caso a pessoa tenha febre, tosse e dificuldade de respirar, deve procurar atendimento médico rapidamente, e é importante que compartilhe com o profissional de saúde seu histórico de viagens.
Outros cuidados incluem:
Fontes: Taylor and Francis Online, Centers for Disease Control and Prevention (CDC), Economic Times, Washington Post, OPAS/OMS.