Como diagnosticar o câncer infantojuvenil e tratá-lo?

23 de setembro de 2021 4 mins. de leitura
O câncer é a principal causa de morte entre pessoas de 1 a 19 anos

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A campanha “Setembro Dourado” foi criada para alertar sobre o câncer infantojuvenil, a principal causa de morte de pessoas entre 1 e 19 anos. Diferente do que acontece com adultos, os tumores que acometem crianças e adolescentes ocorrem, geralmente, em células embrionárias, o que aumenta as possibilidades de sucesso no tratamento.

Os tipos mais frequentes são as leucemias e os tumores que atingem o sistema nervoso central e os linfomas. No entanto, são comuns também neuroblastoma (que afeta células do sistema nervoso periférico), o tumor de Wilms (rins), retinoblastoma (fundo de olho), tumor germinativo (ovários e testículos), osteossarcoma (ossos) e sarcomas (tecidos moles).

De acordo com informações do Instituto Nacional do Câncer (Inca), aproximadamente 80% dos pacientes infantojuvenis acometidos por câncer podem ser curados caso o diagnóstico seja realizado de forma precoce e a terapia seja feito em um centro especializado. O tratamento adequado proporciona uma boa qualidade de vida.

Sintomas do câncer infantojuvenil

Na ocorrência de qualquer sintoma suspeito, a criança deve ser levada ao pediatra. (Fonte: Shutterstock/FamVeld/Reprodução)
Na ocorrência de qualquer sintoma suspeito, a criança deve ser levada ao pediatra. (Fonte: Shutterstock/FamVeld/Reprodução)

O câncer na criança e no adolescente apresenta sinais e sintomas inespecíficos, que podem ser confundidos com outras doenças, o que dificulta o diagnóstico. Em grande parte, os sintomas estão relacionados a outras patologias comuns na infância.

As crianças e os adolescentes podem aparentar boas condições de saúde no início do adoecimento. Por isso, no surgimento de qualquer anomalia, é importante consultar o pediatra. Os sinais vão variar de acordo com cada tipo de câncer, conforme abaixo:

  • palidez, sangramentos e dores ósseas podem ser sinais de leucemia;
  • fotofobia ou o embranquecimento da pupila quando exposta à luz, conhecida como “reflexo do olho do gato” ou estrabismo, em especial antes dos três anos de idade, podem indicar retinoblastoma;
  • aumento de volume no abdômen pode indicar tumor de Wilms ou neuroblastoma;
  • dores nos membros causados por massas sólidas, visíveis ou não, podem indicar osteossarcoma, especialmente nos adolescentes;
  • dores de cabeça, vômitos, alterações motoras ou de comportamento e paralisia de nervos podem ser sintomas de um tumor no sistema nervoso central.

Fatores de risco

Os fatores de risco relacionados com o estilo de vida não alteram a possibilidade de uma criança ou um adolescente desenvolver câncer, ao contrário do que acontece em adultos. Em alguns casos muitos raros, os pacientes apresentam alterações genéticas que os tornam mais propícios ao desenvolvimento de tumores.

Até o momento, não há evidências científicas que associem de forma clara a doença a fatores ambientais. Dessa forma, inexistem ações que possam promover a prevenção do câncer infantojuvenil. Por isso, o diagnóstico precoce, acompanhado de uma terapia adequada, são fundamentais para obter a cura.

Como é o tratamento do câncer infantojuvenil?

Tratamento é personalizado de acordo com cada criança e adolescente junto à evolução da doença. (Fonte: Shutterstock/Pixel-Shot/Reprodução)
Tratamento é personalizado de acordo com cada criança e adolescente junto à evolução da doença. (Fonte: Shutterstock/Pixel-Shot/Reprodução)

O tratamento do câncer infantojuvenil deve ser realizado em um centro especializado e pode envolver uma ou mais modalidades principais, como quimioterapia, cirurgia e radioterapia. A estratégia de terapia é individualizada, com base no tumor a ser tratado e na extensão da doença.

O trabalho envolve um esforço coordenado de diversos especialistas, que incluem oncologistas, pediatras, patologistas, radiologistas, radioterapeutas, cirurgiões pediatras, entre outros. O acompanhamento por assistentes sociais e psicólogos também é importante, pois a atenção dispensada aos aspectos sociais da criança contribui para o bem-estar dela.

Os pacientes devem ser acompanhados por, pelo menos, 10 anos após o fim do tratamento. O acompanhamento clínico torna possível a detecção precoce de alguma recidiva da doença e o cuidado apropriado com complicações tardias que possam surgir. 

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Fonte: Instituto Nacional do Câncer (Inca), Secretaria de Estado de Saúde do Espírito Santo.

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