As crises de enxaqueca muitas vezes são confundidas com dor de cabeça comum, mas podem provocar náuseas e intolerância a luz, sons e cheiro
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A enxaqueca, ou migrânea, é um dos 150 tipos identificados de dor de cabeça. No entanto, apresenta sintomas bem específicos e é mais preocupante. A dor vai de moderada a intensa, sendo latejante ou pulsante, geralmente de um lado da cabeça.
Por volta de 15% dos brasileiros têm enxaquecas de forma crônica com duração superior a duas semanas. A doença pode afetar qualquer pessoa, mas as mulheres têm três vezes mais probabilidade de ter a enfermidade do que os homens.
A maioria das pessoas com a patologia tem histórico familiar. A doença pode estar relacionada ainda a outras condições médicas, como depressão, ansiedade, transtorno bipolar, distúrbios do sono e epilepsia.
A enxaqueca pode ter causa genética, segundo a Sociedade Brasileira de Cefaleia. Existem também vários fatores que podem desencadear ou piorar uma crise, que variam de pessoa para pessoa, como:
Certos alimentos ou ingredientes podem tornar esse tipo de dor de cabeça mais intensos, a exemplo de:
A doença pode surgir em quatro fases, mas nem sempre todas acontecem.
Pródromo: começa até 24 horas antes de a enxaqueca propriamente dita começar. Aparecem sinais precoces, como ânsias, mudanças de humor inexplicáveis, bocejos incontroláveis, retenção de líquidos e aumento da micção.
Aura: nessa fase, luzes brilhantes ou piscantes, ou linhas em zigue-zague podem ser vistas. É comum também ter fraqueza muscular ou sentir que está sendo tocado ou agarrado. Uma aura pode surgir um pouco antes ou durante uma crise.
Cefaleia: a dor geralmente começa gradualmente e depois se torna mais grave, se tornando latejante ou pulsante e atingindo geralmente um lado da cabeça. Mas às vezes a enxaqueca pode acontecer sem cefaleia e ser acompanhada por: dor ao se mover, tossir ou espirrar; sensibilidade à luz, ruídos e odores; além de náusea e vômito.
Pósdromo: após a dor de cabeça, sinais de exaustão, fraqueza e confusão podem ser sentidos por até um dia.
O diagnóstico da doença é realizado a partir da análise do histórico de saúde do paciente e da família e a identificação dos sintomas característicos. O médico também pode solicitar um exame físico e neurológico.
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Uma parte importante do diagnóstico é descartar outras condições médicas que possam causar os sintomas. Portanto, também podem ser necessários exames de sangue, ressonância magnética ou tomografia computadorizada.
A enxaqueca não é apenas uma cefaleia comum. Seu tratamento pode ser iniciado nas fases anteriores à apresentação da dor. Não há cura para a enfermidade, mas a terapia alivia os sintomas e pode prevenir crises.
Diferentes tipos de medicamentos podem aliviar os sintomas. Quanto mais cedo o remédio for utilizado, mais eficaz ele será. A substância mais adequada deverá ser prescrita por um médico ou cirurgião-dentista.
A terapia hormonal pode ajudar algumas mulheres cujas enxaquecas parecem estar ligadas ao seu ciclo menstrual. Além disso, existem também algumas ações que aliviam os sintomas, como descansar com os olhos fechados em uma sala silenciosa e escura; colocar um pano frio ou bolsa de gelo na testa; e beber líquidos.
Fonte: Ministério da Saúde, Sociedade Brasileira de Cefaleia.