CoronaVac é eficaz contra novas variantes do coronavírus

10 de março de 2021 3 mins. de leitura
Instituto Butantan anunciou resultado de pesquisas da CoronaVac com as variantes brasileira, britânica e sul-africana do novo coronavírus

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O alívio que os brasileiros sentiram com o início da vacinação no País, em meados de janeiro, durou pouco quando as notícias sobre novas variantes mais transmissíveis do coronavírus começaram a circular. Será que as vacinas já desenvolvidas continuariam sendo eficazes contra essas mutações? De acordo com estudo divulgado pelo Instituto Butantan nesta quarta-feira (10), sim. 

Instituto Butantan divulgou, nesta quarta-feira, que a Coronavac é eficaz contra três variantes do novo coronavírus (Fonte: Estadão)
Instituto Butantan divulgou nesta quarta-feira que a CoronaVac é eficaz contra três variantes do novo coronavírus. (Fonte: Estadão)

O Governo de São Paulo não apresentou todos os detalhes da pesquisa, mas afirmou que os anticorpos desenvolvidos pela CoronaVac são eficazes contra três das variantes do vírus da covid-19 que estão circulando no País neste momento: a brasileira (B.1.1.28), a britânica (B.1.1.7) e a sul-africana (B.1.351). 

A pesquisa foi realizada pelo Butantan em parceria com a Universidade de São Paulo (USP) e divulgada pelo governador de São Paulo, João Doria, em coletiva de imprensa. 

Mas e a variante P.1?

A variante P.1 se originou em Manaus (AM) e é vista como a mais perigosa por sua alta taxa de transmissão. Ela já foi detectada em pelo menos 17 estados brasileiros e pode ser a principal cepa do novo coronavírus em várias regiões do País. 

Segundo matéria publicada pelo jornal Estadão na segunda-feira (08), fontes não identificadas revelaram que já foram feitos testes da CoronaVac que comprovaram a eficácia da vacina contra a P.1. Na coletiva de quarta-feira, o instituto apenas mencionou que essa cepa é derivada da B.1.1.28, contra a qual verificou-se que o imunizante é eficaz.

Informações preliminares dão conta de que o imunizante do Butantan também é eficaz contra a cepa P.1. (Fonte: Estadão)
Informações preliminares dão conta de que o imunizante do Butantan também é eficaz contra a cepa P.1. (Fonte: Estadão)

Essa informação é importante porque já se observou que a variante P.1. tem entre 25% e 61% de chances de vencer a imunidade desenvolvida por uma infecção anterior pelo Sars-CoV-2, o que favoreceria reinfecções. Resta comprovar se a nova cepa tem esse mesmo poder contra os anticorpos das vacinas. As fontes indicam que não e que a CoronaVac continua eficaz, mas é necessário esperar a divulgação dos estudos.

Um caso semelhante ocorre com a Covishield, a vacina criada pela Universidade de Oxford e pelo laboratório AstraZeneca, também em uso no Brasil: fontes informaram à imprensa que ela é eficaz contra a variante P.1, mas especialistas pedem que sejam publicados os resultados dos estudos relacionados. A USP e o Butantan também precisam divulgar registros. Em ambos os casos, isso deve acontecer nos próximos dias.

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Fonte: Estadão.

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