Ainda não se sabe o percentual necessário de imunizados para que se chegue ao fim da pandemia
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A “imunidade de rebanho” foi uma das soluções apontadas no início da crise sanitária para o fim da pandemia. Muita gente defendia que, conforme a população se infectasse, automaticamente seria possível atingir a imunidade coletiva. A ciência logo cedo mostrou que isso não era possível e apostou suas fichas na corrida pela vacina, conforme lembra o professor e imunologista Edson Teixeira, do Departamento de Patologia e Medicina Legal da Universidade Federal do Ceará (UFC).
O que se espera hoje, diante de várias fórmulas já desenvolvidas, é que essa imunidade se consolide, mas a partir da vacinação em massa. Contudo, ainda há muito o que se descobrir.
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Não se sabe ainda, por exemplo, o percentual da população que precisa estar vacinado para uma imunidade massiva e o consequente fim da pandemia. Isso porque, conforme explica o professor, novas variantes têm surgido, impactando a taxa de circulação do vírus.
A variante Delta, identificada recentemente, por exemplo, é até 60% mais transmissível do que a Alfa. Um artigo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) aponta que essa transmissibilidade chega a superar até a do Ebola.
É por isso que, se no começo da pandemia, acreditava-se que o percentual da população vacinada para a segurança de todos girava em torno de 70%, agora, em vários estudos, o patamar supera os 85%.
Nesse sentido, Teixeira reforça a grande esperança da comunidade científica: que a vacinação se acelere cada vez mais — e com ampla adesão. “Chegamos aos 40% de imunizados e os números de infecções já têm caído. Mas até vacinarmos mais gente, novas variantes podem aparecer. Só quem vai nos dizer o percentual de vacinados suficiente para o fim da pandemia são os dados epidemiológicos obtidos conforme formos avançando”, argumenta o especialista.
Fonte: Fiocruz; Edson Teixeira, imunologista e professor do Departamento de Patologia e Medicina Legal da UFC.