Apesar do avanço da vacinação, surgimento de novas cepas da covid-19 tornam uso de máscaras essencial
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O uso de máscaras de proteção contra o coronavírus ainda será necessário por mais alguns anos, reflexo do surgimento das novas variantes do Sars-CoV-2. Países como Estados Unidos e Inglaterra, que haviam banido o seu uso, principalmente em locais abertos retornaram com a obrigatoriedade, para conter o avanço da pandemia.
Novos dados descobertos sobre a variante ômicron sugerem que a eficácia das vacinas contra a variante aumenta em até 70% quando se toma a dose de reforço (terceira dose).
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Máscaras ainda são fundamentais no combate à covid-19
A Sinovac — desenvolvedora da vacina Coronavac —, por exemplo, trabalha em uma adaptação da vacina para a variante ômicron, a empresa estima ter o novo imunizante pronto em três meses. Apesar dos esforços das farmacêuticas, é importante que se faça a vacinação completa e que se tome a dose de reforço para prolongar a proteção por até um ano.
As expectativas são de que, por enquanto, a vacinação torne-se um evento anual, semelhante ao que acontece com as vacinas contra a gripe. A boa notícia é que os estudos parecem comprovar que a variante ômicron é menos letal.
Entretanto, isso não deve ser motivo de descuido, quanto maior a taxa vacinal de uma população, menores as chances de mutações ocorrerem. Com este panorama de mutações, a população deve prezar pelo item que se mostra mais eficaz contra as transmissões: a máscara.
Um estudo do Instituto Max Planck, da Alemanha, demonstrou que o risco de se contrair o coronavírus cai de 90% para 0,1% quando se usa máscara do tipo PFF2 ou similares (N95, KN95 e P2). O estudo considerou um ambiente fechado onde uma pessoa contaminada com a variante delta entra em contato com uma pessoa sem o vírus.
A uma distância de três metros e com um tempo de exposição de 20 minutos, a probabilidade de ser infectado é de 90%. Quando se utilizam máscaras cirúrgicas bem colocadas a probabilidade é de 10%, máscaras do tipo PFF2 aumentam a proteção em 75 vezes, diminuindo o risco para 0,1%. Caso a máscara não esteja bem colocada, com o clipe de metal não muito bem encaixado em volta do nariz, a probabilidade sobe para 4%.
Eberhard Bodenschatz, um dos pesquisadores que liderou o estudo, afirmou que fora das condições de laboratório, ou seja, em situações cotidianas, as chances observadas ainda devem ser menores. Entretanto, o pesquisador ressaltou a importância da utilização do item de segurança principalmente quando se fica por período prolongado em ambientes fechados, como em situação escolar.
Em um cenário em que boa parte da população mundial ainda não está vacinada. Seja pela falta de vacinas como acontece na África, seja pelo negacionismo que acontece em todo o mundo, a máscara ainda será item necessário de proteção por alguns anos.
Fonte: Sul Agora, Fiocruz, Instituto Butantan, O Povo, Pnas.