Dia Mundial da Esclerose Múltipla: diagnóstico e sintomas

28 de maio de 2020 4 mins. de leitura
Quais desafios as pessoas com essa doença silenciosa ainda enfrentam?

Em 30 de maio é celebrado o Dia Mundial da Esclerose Múltipla, dedicado a aumentar a conscientização sobre a doença e empoderar quem vive com ela. Entenda mais sobre o assunto.

O que é EM?

A esclerose múltipla (EM) é uma doença crônica e autoimune, na qual as células do organismo atacam tecidos do sistema nervoso, provocando lesões cerebrais e medulares. A condição é caracterizada pela perda de mielina, substância responsável pela passagem de impulsos nervosos pelos neurônios, interferindo na transmissão de impulsos elétricos e causando os sintomas.

A EM não tem cura e acomete mais de 2,3 milhões de pessoas no mundo. A maioria dos pacientes é composta por jovens, principalmente mulheres de 20 anos a 40 anos de idade.

Fonte: Freepik
(Fonte: Freepik)

Os principais sintomas são fadiga física e mental, fraqueza muscular, problemas de concentração e memória, alteração no equilíbrio e na coordenação motora, dores nas articulações e disfunção do intestino e da bexiga.

Quais são as possíveis causas?

A EM não é uma doença contagiosa. Acredita-se que pode ser acionada por um vírus ou influenciada por fatores externos em indivíduos predispostos geneticamente. O maior fator de risco para o desenvolvimento da condição é ter um parente próximo que seja paciente. Outros pontos que podem influenciar são tabagismo, obesidade ou sobrepeso na adolescência e baixa exposição solar. Apesar de teorias, ainda não se sabe com certeza o que causa a doença.

Doença invisível

Mais de 30 mil pessoas têm EM no Brasil. Apesar de não ser uma enfermidade desconhecida, é muitas vezes invisível. Fadiga, perda de equilíbrio, dificuldade em usar a coordenação motora fina podem passar despercebidas, tornando o diagnóstico e o tratamento precoce mais difíceis.

No Dia Mundial da Esclerose Múltipla, é preciso ressaltar a importância de estar disposto a falar e a ouvir sobre a doença. A conscientização é necessária e acontece por meio da disseminação de informações. Dar voz a quem tem experiência é um dos primeiros passos para torná-la conhecida pelo grande público.

Fonte: Freepik
(Fonte: Freepik)

Tratamento

Como ainda não se conhece uma cura, os tratamentos procuram diminuir as crises e desacelerar a doença. A reposição de vitamina D para corrigir a baixa exposição solar é comum em diversos casos. Para aumentar a qualidade de vida, alguns medicamentos podem ser administrados, porém exigem o acompanhamento de especialistas, como Copaxone, Betainterferonas, Aubagio, Tecfidera, Gilenya, Tysabri, Lemtrada e Ocrevus.

Um estudo realizado na Faculdade de Medicina da Universidade John Hopkins, nos Estados Unidos, constatou que dietas ricas em verduras e frutas são responsáveis por melhorar os sintomas causados pela EM. Pesquisadores identificaram que pacientes que mantêm uma dieta saudável tem 20% menos chances de sofrer com incapacidades físicas graves.

Em 2018, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), órgão que regulamenta as seguradoras de saúde no Brasil, determinou que essas instituições devem oferecer terapia com natalizumabe, fármaco capaz de impedir que células de defesa entrem no cérebro e na medula espinhal. Esse é o primeiro tratamento específico para a doença que pode melhorar significativamente a vida dos pacientes com EM.

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Fontes: World MS Day, Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde, ABEM.

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