Além de distribuir as vacinas, grupo dos países mais ricos do mundo pede investigação sobre as origens do novo coronavírus
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O Grupo dos Sete (G7), que reúne os sete países mais industrializados do mundo, comprometeu-se a doar pelo menos mais 1 bilhão de doses de vacinas contra a covid-19 para as nações mais pobres do planeta até o final de 2022. O anúncio foi feito no domingo (13), após a reunião da cúpula no Reino Unido.
Anfitrião do encontro, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, falou em nome do bloco formado por Alemanha, França, Estados Unidos, Canadá, Japão, Reino Unido e Itália. “Há uma semana, havia pedido aos meus colegas que ajudassem a preparar e distribuir as doses necessárias para vacinar o mundo até o final de 2022”, disse ele durante a coletiva.
Segundo Johnson, o Reino Unido contribuirá com pelo menos 100 milhões de doses. Somadas a elas, estarão 500 milhões de vacinas produzidas pela Pfizer que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, havia-se comprometido a doar alguns dias antes.
O anúncio feito agora reforça um compromisso anterior dos líderes do G7, em que os integrantes do grupo se comprometeram a disponibilizar 2 bilhões de doses de imunizantes contra o novo coronavírus. A tendência é que a distribuição dessa nova cota seja concentrada no próximo ano.
A lista dos países que serão beneficiados com as vacinas prometidas pelo G7, a cota destinada a cada nação e os imunizantes incluídos na doação não foram informados. O grupo também não divulgou um cronograma de entrega, gerando críticas por parte de várias entidades internacionais.
Johnson confirmou apenas que a doação poderá ser feita de um país para outro ou pelo programa Covax Facility. A iniciativa, coliderada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), aliança Gavi e Coalizão para Inovações em Preparação para Epidemias (CEPI), atua na aquisição e na distribuição de vacinas contra a covid-19 para as nações mais pobres.
A cúpula também se comprometeu a investir em diferentes ações de defesa global na saúde, com o objetivo de “acabar com a pandemia e se preparar para o futuro, impulsionando um esforço internacional intensificado”. Entre elas, estão o aumento na capacidade de produção de vacinas e melhorias no sistema de alerta precoce de crises de saúde.
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, comemorou a declaração do grupo e enfatizou que é preciso acelerar a distribuição, principalmente nos territórios onde há aumento de casos. “Saudamos os anúncios generosos sobre doações de vacinas e agradecemos os líderes, mas precisamos de mais e mais rápido”, ele ressaltou.
No comunicado divulgado pelo G7, os líderes das nações mais ricas do planeta pediram uma investigação mais transparente sobre as origens do Sars-CoV-2, que deve ser liderada por especialistas e respaldada na ciência, solicitando a cooperação da China. Os dados são essenciais para evitar novas pandemias.
O documento incluiu ainda a promessa de medidas que ajudem a enfrentar as mudanças climáticas de forma mais intensa. As autoridades também se comprometeram a zerar as emissões de carbono até 2050, além de limitar os investimentos em carvão e a proteger pelo menos 30% das terras e oceanos até o final desta década.
Fonte: BBC, UNICEF, G7.