A aplicação de uma nova dose segue recomendação da Food and Drug Administration, dos Estados Unidos
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Os brasileiros que se imunizaram contra a covid-19 com a vacina da Janssen, inicialmente de dose única, poderão ser convocados para receber uma nova aplicação do imunizante produzido pela farmacêutica da Johnson & Johnson. O anúncio foi feito pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, em 16 de novembro.
Segundo o chefe da pasta, a aplicação do imunizante para este público deve ser feita dois meses após a imunização inicial, utilizando a fórmula da mesma fabricante. Como a maioria das pessoas que receberam esta injeção foram atendidas entre julho e agosto, elas já estariam aptas a voltar aos postos de vacinação.
A mesma recomendação de aplicar uma nova dose foi dada nos Estados Unidos há dois meses, pela agência reguladora local Food and Drug Administration (FDA). O objetivo é manter e também elevar a proteção obtida após a injeção primária.
Posteriormente, quem recebeu a segunda injeção da Janssen também será incluído no reforço para toda a população acima de 18 anos, anunciada há alguns dias. Neste caso, a aplicação acontecerá cinco meses após a segunda dose, completando o ciclo vacinal, utilizando preferencialmente um imunizante fabricado por outra farmacêutica.
A proposta da nova dose da Janssen feita pelo Ministério da Saúde depende de aprovação da Anvisa. Como o imunizante do laboratório americano prevê um esquema de aplicação única, o órgão regulador precisa avaliar a alteração na bula.
O pedido para incluir uma nova dose foi feito pela farmacêutica em 19 de novembro. Segundo a agência, a solicitação recebida é para o uso da injeção em duas situações, como reforço homólogo e heterólogo, aumentando a proteção contra o Sars-CoV-2.
Na condição de reforço homólogo, a segunda dose é destinada às pessoas que se imunizaram, anteriormente, com a fórmula desenvolvida pela própria companhia. Já no reforço heterólogo, o público-alvo inclui os brasileiros que concluíram a vacinação com outro imunizante que tenha a mesma tecnologia mRNA — neste caso, quem usou a Pfizer.
A solicitação encaminhada pelo laboratório inclui os dados de estudos desenvolvidos por ele, que precisam demonstrar os benefícios da nova aplicação em relação à segurança e eficácia. Seguindo as regras da autorização de uso emergencial, o prazo para uma resposta da Anvisa é de até 30 dias.
Dados mais recentes do consórcio de veículos de imprensa dão conta de que 4,5 milhões de pessoas receberam a dose única da Janssen no Brasil, até o momento. Como o acordo entre o governo federal e a empresa prevê a entrega de 38 milhões de vacinas até o final deste ano, todas elas poderão ser atendidas.
O cronograma divulgado anteriormente pelo Ministério indica a entrega de 7,8 milhões de doses até o final de novembro e mais 28,4 milhões em dezembro, concluindo o contrato inicial firmado. Elas também serão utilizadas como reforço para os imunizados com as duas doses da Pfizer.
Embora as injeções já estocadas tenham começado a ser distribuídas para estados e municípios, o órgão ainda aguarda a autorização da Anvisa para iniciar a aplicação da segunda dose.
Fonte: Anvisa.