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O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença autoimune, inflamatória e sem cura que atinge mais de 5 milhões de pessoas no mundo, principalmente mulheres entre a primeira menstruação e a pré-menopausa.
O que é o lúpus eritematoso sistêmico (LES)?
LES é uma doença inflamatória crônica e autoimune, isso significa que o sistema imunológico do paciente sofre uma desordem que o leva a atacar tecidos saudáveis do próprio organismo. Entre as consequências dessa enfermidade estão: dores, inflamação e danos a partes específicas do corpo, como pele, coração, pulmões, rins e cérebro.
A doença é dividida em dois tipos principais:
- lúpus cutâneo — manifesta-se por meio de manchas na pele;
- lúpus sistêmico — afeta um ou mais órgãos internos do paciente.
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Sintomas da doença
Como a doença pode se manifestar na pele ou nos órgãos internos, ela apresenta uma variedade de sintomas, tais quais:
- fadiga;
- lesões cutâneas;
- dores e inchaço;
- inflamação nos rins;
- alterações sanguíneas como anemia, leucopenia, linfopenia ou plaquetopenia;
- vasculites, que podem gerar lesões avermelhadas e doloridas nas palmas das mãos, planta dos pés ou céu da boca;
- quadros de febre sem aparente motivo;
- emagrecimento e fraqueza.
Também podem ocorrer, de forma menos frequente, inflamações no cérebro, levando a convulsões ou psicoses.
Como é feito o diagnóstico do lúpus?
Geralmente, o diagnóstico de doenças autoimunes precisa levar em consideração alguns critérios, uma vez que suas causas ainda não são claras. Segundo o American College of Rheumatology (ACR), existem 11 critérios para avaliação da doença, analisados de acordo com:
- sinais cutâneos — como manchas e feridas frequentes na boca e no nariz;
- sinais articulares — artrite é um dos principais indicadores;
- sintomas relativos aos órgãos — por exemplo lesões renais ou cerebrais e anormalidades imunológicas ou hematológicas.
Para fechar o diagnóstico, é preciso que ao menos quatro critérios ocorram de forma simultânea. Também é possível realizar um exame chamado fator antinúcleo (FAN), que faz uma análise do sangue, sendo muito frequente o resultado positivo em pacientes com a doença, apesar de o exame não ser critério de diagnóstico por si só.
Potenciais causas para o aparecimento da doença
Entre algumas causas que podem favorecer o surgimento do lúpus, estão:
- fatores genéticos — comumente, pacientes com doenças autoimunes têm histórico dessa categoria de doenças na família;
- fatores hormonais — o estrogênio é um dos potenciais catalisadores, por isso a doença atinge mais mulheres em idade fértil;
- fatores ambientais — a exposição ao sol, o uso de certos medicamentos e alguns vírus e bactérias.
É possível tratar o lúpus?
Apesar de a doença não ter cura, o diagnóstico precoce é primordial para conter os impactos dela e existem tratamentos eficazes que controlam os sintomas, oferecendo maior qualidade de vida aos pacientes.
Cada caso vai exigir um tratamento específico, por isso, o acompanhamento médico é de extrema importância. No caso, o reumatologista é o médico apropriado para realizar o diagnóstico e indicar tratamentos. Independentemente de como for tratado, os objetivos são os mesmos: minimizar efeitos colaterais da doença ou de medicamentos e possibilitar que pacientes vivam normalmente.
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Fonte: Biblioteca Virtual em Saúde, Drauzio Varella, PEBMED