Lúpus: o que é e quais são as causas da doença?

21 de junho de 2022 4 mins. de leitura
Doença que afeta o sistema imunológico, sendo o tipo mais comum o lúpus eritematoso sistêmico (LES)

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O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença autoimune, inflamatória e sem cura que atinge mais de 5 milhões de pessoas no mundo, principalmente mulheres entre a primeira menstruação e a pré-menopausa.

O que é o lúpus eritematoso sistêmico (LES)?

LES é uma doença inflamatória crônica e autoimune, isso significa que o sistema imunológico do paciente sofre uma desordem que o leva a atacar tecidos saudáveis do próprio organismo. Entre as consequências dessa enfermidade estão: dores, inflamação e danos a partes específicas do corpo, como pele, coração, pulmões, rins e cérebro.

O lúpus é uma doença autoimune que pode afetar articulações e outras partes do corpo. (Fonte: jcomp/Freepik/Reprodução)

A doença é dividida em dois tipos principais:

  1. lúpus cutâneo — manifesta-se por meio de manchas na pele;
  2. lúpus sistêmico — afeta um ou mais órgãos internos do paciente.

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Sintomas da doença

Como a doença pode se manifestar na pele ou nos órgãos internos, ela apresenta uma variedade de sintomas, tais quais:

  • fadiga;
  • lesões cutâneas;
  • dores e inchaço;
  • inflamação nos rins;
  • alterações sanguíneas como anemia, leucopenia, linfopenia ou plaquetopenia;
  • vasculites, que podem gerar lesões avermelhadas e doloridas nas palmas das mãos, planta dos pés ou céu da boca;
  • quadros de febre sem aparente motivo;
  • emagrecimento e fraqueza.

Também podem ocorrer, de forma menos frequente, inflamações no cérebro, levando a convulsões ou psicoses.

Fadiga está entre os sintomas típicos de doenças autoimunes. (Fonte: Shane/Unsplash/Reprodução)

Como é feito o diagnóstico do lúpus?

Geralmente, o diagnóstico de doenças autoimunes precisa levar em consideração alguns critérios, uma vez que suas causas ainda não são claras. Segundo o American College of Rheumatology (ACR), existem 11 critérios para avaliação da doença, analisados de acordo com:

  • sinais cutâneos — como manchas e feridas frequentes na boca e no nariz;
  • sinais articulares — artrite é um dos principais indicadores;
  • sintomas relativos aos órgãos — por exemplo lesões renais ou cerebrais e anormalidades imunológicas ou hematológicas.

Para fechar o diagnóstico, é preciso que ao menos quatro critérios ocorram de forma simultânea. Também é possível realizar um exame chamado fator antinúcleo (FAN), que faz uma análise do sangue, sendo muito frequente o resultado positivo em pacientes com a doença, apesar de o exame não ser critério de diagnóstico por si só.

Potenciais causas para o aparecimento da doença

Entre algumas causas que podem favorecer o surgimento do lúpus, estão:

  • fatores genéticos — comumente, pacientes com doenças autoimunes têm histórico dessa categoria de doenças na família;
  • fatores hormonais — o estrogênio é um dos potenciais catalisadores, por isso a doença atinge mais mulheres em idade fértil;
  • fatores ambientais — a exposição ao sol, o uso de certos medicamentos e alguns vírus e bactérias.

É possível tratar o lúpus?

Apesar de a doença não ter cura, o diagnóstico precoce é primordial para conter os impactos dela e existem tratamentos eficazes que controlam os sintomas, oferecendo maior qualidade de vida aos pacientes.

Cada caso vai exigir um tratamento específico, por isso, o acompanhamento médico é de extrema importância. No caso, o reumatologista é o médico apropriado para realizar o diagnóstico e indicar tratamentos. Independentemente de como for tratado, os objetivos são os mesmos: minimizar efeitos colaterais da doença ou de medicamentos e possibilitar que pacientes vivam normalmente.

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Fonte: Biblioteca Virtual em Saúde, Drauzio Varella, PEBMED

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