O aleitamento proporciona benefícios para bebês e mães, mas ainda precisa ser mais difundido durante a maternidade
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A importância do aleitamento materno é consenso entre médicos e cientistas. A prática parece ser intuitiva e simples de ser realizada. Entretanto, durante a maternidade, uma série de dificuldades pode afetar uma amamentação adequada, prejudicando o desenvolvimento dos bebês e impactando de forma negativa a saúde da mãe.
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Em 1992, a Aliança Mundial de Ação Pró-Amamentação (Waba) criou a Semana Mundial de Aleitamento Materno, a ser comemorado na primeira semana de agosto de cada ano. O objetivo dessa semana é promover a amamentação exclusiva nos primeiros seis meses de vida, contribuindo para a melhoria da saúde, em especial das crianças.
A prática beneficia o bebê, com o fornecimento de um alimento rico em nutrientes e de anticorpos essenciais durante os primeiros seis meses de vida. A amamentação reduz em 13% a mortalidade de crianças, segundo o Ministério da Saúde. Além disso, também ajuda a mãe, com a diminuição de riscos de câncer de mama e contração do útero mais rapidamente.
As mulheres são afetadas pela falta de equidade de gênero nas políticas públicas e na própria família. Quando se tornam mães, a sobrecarga de tarefas aumenta, o que pode prejudicar a prática da amamentação. Além dessa dificuldade, outros obstáculos do aleitamento adequado no início da vida dos bebês podem ser enfrentados durante a maternidade. Confira as cinco principais dificuldades do aleitamento materno:
A maior dificuldade que as mães enfrentam para a realização de um aleitamento correto é a falta de informação. Durante o período da gestação, a mulher é acompanhada por diversos profissionais, que fornecem orientações sobre as transformações do corpo, possíveis incômodos e soluções. Entretanto, a partir do nascimento da criança, em especial durante a amamentação, as informações diminuem.
Outro grande obstáculo na amamentação é a falta de apoio por parte de familiares, em especial dos pais das crianças. Os primeiros dias de vida do bebê geram desafios, que podem se sentir desestimuladas a amamentar por falta de um suporte. A troca de experiência com outras mães pode ajudar, ao compartilhar os principais problemas durante o aleitamento.
É comum algumas mães relatarem dor durante o processo de amamentação, em especial nas primeiras semanas, quando os seios estão se acostumando ao aleitamento. Isso pode ocorrer por diversos motivos, desde os bicos rachados até os seios muito cheios. A dor pode ser causada também quando o bebê não abocanha a aréola por completo, alcançando apenas o bico do seio, podendo até a machucar com a pressão da gengiva por meio de mordidas.
Quando as mamas aparecem feridas, é preciso verificar qual é o motivo causador dos ferimentos e ajustar imediatamente a pega do bebê. De forma geral, a mãe não deve utilizar pomadas, pois o produto pode aumentar a sensibilidade do mamilo e ainda obstruir ductos na região. Para evitar a situação, é recomendável expor os mamilos ao Sol, e procurar conhecer melhores posturas para a amamentação.
Uma produção insuficiente de leite pode ocorrer em mulheres que passaram por cirurgias mamárias. Entretanto, não existe leite “fraco” ou pouca produção de leite por parte da mãe. O que acontece, geralmente, é um desequilíbrio provocado pelo sugamento inadequado do bebê. O contato da boca da criança com a mama estimula a produção do leite.
A mãe deve observar atentamente o momento da amamentação. De preferência, deve reservar um espaço com privacidade e tranquilo para que ela possa aprender junto de seu filho o processo de aleitamento materno. Para garantir a produção do leite, a mãe deve se alimentar bem e beber bastante água, além de permitir ao bebê estimular as glândulas mamárias várias vezes ao dia.
Algumas mulheres podem ter o bico do seio voltado para dentro da mama, o que pode dificultar a pega do bebê. Por não conseguir sugar, ele pode puxar o seio com mais força. Alguns dispositivos como conchas e bicos de silicone podem atrapalhar ainda mais esse processo. O bico invertido, em si, não é um problema para a amamentação, uma vez que o bebê pode pegar a aréola toda. A posição da mamada, nesses casos, pode fazer toda a diferença.
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Fonte: Ministério da Saúde.