A área aborda a saúde de forma integral e continuada, analisando o contexto social dos pacientes
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A Medicina de Família e Comunidade (MFC) é a especialidade médica cujo foco é o trabalho na Atenção Básica ou Primária, prestando assistência continuada à saúde da população, de forma abrangente. O profissional atende processos de saúde que envolvem enfermidade de forma integral, com um enfoque não só biológico e individual, mas também psicológico, familiar e comunitário.
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) de 2019 demonstram que a falta de acesso à Atenção Primária está entre as dez principais ameaças à saúde global. Além disso, estima-se que 90% das demandas de saúde médica poderiam ter sido resolvidas ou amenizadas caso a Atenção Básica à Saúde fosse amplamente disponibilizada à população.
A MFC é caracterizada pelo uso relativamente baixo de “densidade tecnológica”, ou seja, por focar na Atenção Básica, que não necessita de aparelhos mais modernos para resolver a maior parte das demandas. Por isso, a especialidade é importante para reduzir filas e gastos desnecessários, funcionando como um primeiro contato entre a população e a assistência médica.
Apesar da maior parte dos Médicos de Família atuarem principalmente no Sistema Único de Saúde (SUS), os sistemas privados já notaram a importância destes profissionais, sua resolutividade, os excelentes indicadores clínicos e a redução de custos, por isso já começa a haver um crescimento da disponibilidade desses profissionais nos planos de saúde.
Os atendimentos são variados abrangendo todas as idades, os gêneros, as doenças e condições de saúde preexistentes. O especialista também pode encaminhar para outros médicos, caso seja necessário, mantendo o contato e participando dos tratamentos.
Idealmente, um médico da família trabalha de forma continuada em uma comunidade, por isso seu foco não é apenas no atendimento a uma doença específica, ele atua também na educação, na prevenção, na cura e na reabilitação dessas pessoas, podendo inclusive realizar atendimentos domiciliares.
O profissional pode atuar em contato com equipes multidisciplinares (enfermeiros, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais) organizando as políticas de atenção à saúde de comunidades, seja em um posto de saúde, em um plano de saúde privado ou até em comunidades remotas.
Para se formar como profissional especializado nessa área é preciso, após a graduação em Medicina, fazer uma residência de dois anos em Medicina da Família e Comunidade. Os programas dessa especialidade estão entre os que mais apresentaram crescimento nos últimos anos: em 2014, eram 1289 vagas disponíveis em todo o país; em 2018, o número passou para 3587 vagas.
Segundo dados do relatório Demografia Médica do Brasil de 2018, existem 5.486 profissionais titulados em Medicina da Família e da Comunidade em nosso país.
O Médico da Família e da Comunidade pode atuar em vários cenários, dentre eles:
Fonte: Sanarmed, Demográfia Médica no Brasil 2018, Saúde Business, Vida Saudável, Blog da Saúde, Governo de Santa Catarina.