Dependendo da gravidade, 70% dos acometidos não retornam ao trabalho e 50% podem ficar incapacitados
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Em 2019, o acidente vascular cerebral (AVC) foi a segunda doença que mais matou no Brasil. De acordo com o Ministério da Saúde, anualmente 100 mil pessoas morrem da doença no País e metade dos acometidos apresentam sequelas.
Existem muitos fatores de risco que contribuem para a ocorrência do AVC. Alguns deles podem ser melhorados, como incorporar hábitos saudáveis no dia a dia, e outros não, como idade, raça, constituição genética e sexo.
Pensando nisso, um estudo realizado pela American Heart Association mostrou que adultos com menos de 60 anos que gastam oito horas ou mais por dia utilizando computador ou assistindo à TV e não realizam atividades físicas têm um risco maior de ter um acidente vascular cerebral.
O acidente vascular cerebral acontece quando o suprimento de sangue que vai para o cérebro é interrompido ou reduzido, privando as células de oxigênio e nutrientes. Além disso, a situação ocorre quando um vaso sanguíneo se rompe, causando hemorragia cerebral.
Apesar de atingir com frequência pessoas acima dos 60 anos, a condição pode acometer indivíduos de qualquer idade, inclusive jovens, sendo seus principais gatilhos:
Existem três tipos de AVC: isquêmico, hemorrágico e transitório. O primeiro acontece quando um dos vasos do sistema circulatório que faz o suprimento de sangue e oxigênio entopem por causa de materiais como placas de gordura ou coágulos sanguíneos. Popularmente é chamado de trombose. O segundo, conhecido também por derrame, faz que uma ou mais veias se rompam, causando sangramento e pressão no cérebro; então, devido a isso, é considerado o tipo mais grave. E o terceiro, ataque isquêmico transitório (AIT), ocorre quando há uma interrupção temporária do fluxo de sangue, que pode acontecer por vários motivos.
Em um estudo publicado no American Stroke Association, jornal da divisão da American Heart Association, a conclusão foi de que adultos com menos de 60 anos sedentários têm mais chance de sofrerem um AVC do que os ativos.
Os adultos norte-americano passam em média 10,5 horas por dia conectados a eletrônicos, como computador ou televisão. Por isso, a condição que antes era mais recorrente em idosos, começou a se manifestar em pessoas de 30 a 40 anos.
No estudo, os pesquisadores revisaram as informações de saúde e estilo de vida de mais de 140 mil adultos sem derrame prévio, doença cardíaca ou câncer que participaram da Canadian Community Health Survey entre os anos 2000 e 2012.
Os participantes foram acompanhados por cerca de nove anos, e os acidentes vasculares foram identificados por meio de vínculos com registros hospitalares. Durante o período, ocorreram 2.965 casos de AVC e quase 90% foram do tipo isquêmico.
A associação que realizou o estudo recomenda que os adultos pratiquem duas horas e meia de atividade física por semana. O grupo analisado mais inativo, que tinha oito ou mais horas de sedentarismo diários e baixa atividade física, teve sete vezes mais risco de ter o derrame do que os que tinham quatro horas de sedentarismo e realizavam algum tipo de atividade física moderada.
Fonte: Science Daily, Ministério da Saúde, Pfizer, Rede Dor, Grupo Cene.