Ainda que enfrente resistência, a medicina a distância vem conquistando seu espaço no Brasil
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A Telemedicina, ou medicina a distância, é uma forma de utilização dos meios de comunicação ou tecnológicos para atendimento de saúde. E isso não se resume a consultas médicas, aconselhamento ou entrega de exames; também pode englobar cirurgias feitas com braços robóticos e acompanhamento de pacientes crônicos, por exemplo.
Apesar de ser relativamente incipiente e ainda enfrentar críticas, a Telemedicina vem avançando no Brasil, tanto no serviço privado quanto no público.
Assim como a medicina tem diversas especialidades, na Telemedicina existem diferentes aplicações. Ela pode ser feita por telefone, e-mail ou videoconferência, abrangendo regiões remotas que, por vezes, não dispõem de médicos especialistas. Conheça algumas:
Diversas universidades públicas estão aderindo à Telemedicina. A Universidade Federal de Santa Catarina, a Universidade do Estado do Amazonas, a Universidade Federal de Minas Gerais, a Universidade de São Paulo e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul são algumas das que criaram ou participam de projetos ligados a práticas de medicina a distância.
Muitos hospitais consagrados também vêm utilizando o recurso, como o Hospital Israelita Albert Einstein, o Hospital de Clínicas de Porto Alegre, o Hospital Santa Marcelina e o Hospital do Câncer de Barretos. Além deles, diversos planos de saúde e operadoras de seguro privados têm recorrido à Telemedicina para otimizar o atendimento aos seus segurados.
A Rede Universitária de Telemedicina (RUTE) é uma iniciativa do Ministério da Ciência e Tecnologia em conjunto com a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e a Associação Brasileira de Hospitais Universitários (Abrahue). Coordenada pela Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), seu objetivo é prover infraestrutura de serviços de comunicação para serviços médicos já existentes. Dessa maneira, trata-se de um dos exemplos de como a Telemedicina vem avançando nos serviços de saúde no Brasil.
Ainda existe certa resistência à prática da Telemedicina no Brasil. Em fevereiro de 2019, o Conselho Federal de Medicina (CFM) chegou a aprovar a Resolução nº 2.227/2018, que regulamentava e dava diretrizes para a área; entretanto, após pressões de médicos e entidades que representam a classe, ela foi revogada. Segundo o CFM, foi solicitado mais tempo para a revisão do texto do documento, bem como alterações. Enquanto a nova versão não for aprovada, a Telemedicina segue sob as regras da Resolução nº 1.643/2002.
O CFM estendeu até o dia 31 de julho de 2019 o prazo para envio de novas propostas de mudanças na regulamentação da Telemedicina. Ainda não existe uma data prevista para a publicação de uma nova resolução.
Fontes: Portal Telemedicina, Ventrix.