Elaborada pelo laboratório Bharat Biotech, a vacina foi analisada pelo conselho consultivo independente da Organização Mundial da Saúde (OMS)
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A Organização Mundial da Saúde (OMS) concedeu a aprovação emergencial para a vacina indiana Covaxin. Produzida pelo laboratório Bharat Biotech, ela já estava sendo aplicada na Índia desde janeiro de 2021, mesmo ainda estando em fase de testes.
O anúncio da aprovação da OMS tranquiliza os cerca de 100 milhões de indianos que já tomaram a vacina e traz esperança para os países mais pobres. Devido às suas características, a Covaxin não necessita de refrigeração durante o armazenamento, o que a torna mais facilmente transportável e distribuível em países sem infraestrutura avançada.
A Covaxin se torna a oitava vacina aprovada para uso emergencial pela OMS, com a Pfizer, AstraZeneca, Oxford, Johnson & Johnson, Moderna, e Sinovac e Sinopharm.
A Covaxin é produzida a partir da inativação do vírus, que é exposto ao calor e a produtos químicos em laboratório. Com isso, o vírus não pode se reproduzir, mas gera no corpo a capacidade de criar anticorpos. A aprovação ocorreu após a análise e recomendação de um grupo consultivo independente da OMS, chamado Technical Advisory Group for Emergency Use Listing (TAG-EUL).
O laboratório Bharat Biotech publicou dados demonstrando que a vacina tem 78% de eficácia. Além disso, ela é 93% efetiva em prevenir que casos de coronavírus evoluam para infecções mais severas, e é 65% efetiva na prevenção contra a variante Delta.
No comunicado de aprovação da vacina, segundo a OMS:
Com a aprovação da OMS a Covaxin fica elegível para compor o quadro de vacinas disponibilizadas pelo Acesso Global às Vacinas da Covid-19 (Covax Facility). A Covax é uma aliança global criada pela OMS em conjunto com Aliança Gavi, a Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e a The Coalition for Epidemic Preparedness Innovations (CEPI), que organiza e arrecada vacinas para distribuir em países que não tem condições de comprá-las.
O governo brasileiro chegou a negociar a compra da Covaxin com o laboratório Bharat Biotech, mas, após uma série de denúncias de irregularidades vir à tona, através da CPI da pandemia, o Ministério da Saúde suspendeu o contrato.
Com a publicação das denúncias de corrupção da empresa Precisa Medicamentos, que intermediava o contrato entre o laboratório e o governo brasileiro, o laboratório decidiu encerrar o contrato. Com isso, sem representação no país, a vacina indiana teve o processo de pedido de uso emergencial encerrado na Anvisa.
Fonte: World Health Organization, Khaleej Times, The Associated Press, Bem Estar.