Violência urbana impacta a saúde mental da população nas periferias - Summit Saúde

Violência urbana impacta a saúde mental da população nas periferias

2 de junho de 2025 4 mins. de leitura

“A gente não dorme. Fecha o olho, mas a cabeça continua acordada, com medo do barulho do próximo tiro.” Estadão Blue Studio Express Conteúdo de responsabilidade do anunciante A violência urbana é uma triste realidade que impacta de forma negativa a sociedade, promovendo uma vida sob tensão, principalmente, aos moradores de regiões mais periféricas. Para […]

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“A gente não dorme. Fecha o olho, mas a cabeça continua acordada, com medo do barulho do próximo tiro.”

Estadão Blue Studio Express

Conteúdo de responsabilidade do anunciante

A violência urbana é uma triste realidade que impacta de forma negativa a sociedade, promovendo uma vida sob tensão, principalmente, aos moradores de regiões mais periféricas.

Para aqueles que não enfrentam diariamente essa realidade, pode ser difícil entender os problemas causados pelo medo constante, o convívio com o tráfico e a falta de acesso a serviços de saúde mental. Entretanto, o bem-estar psicológico de quem vive em comunidades dominadas pela violência é duramente comprometido.

Só para ter uma ideia, estudo realizado na Região Metropolitana de São Paulo constatou que 3,2% dos entrevistados alegaram ter sofrido estresse pós-traumático ao longo da vida. Com 35,7%, o principal trauma relatado foi “testemunhar alguém sendo ferido ou morto, ou ver inesperadamente um cadáver”.

Muito mais do que um problema de segurança pública, a violência urbana também se transforma em preocupação para outras áreas, como é o caso da saúde mental. Dessa forma, é necessária uma atuação efetiva e persistente para a proteção daqueles que enfrentam e sofrem diariamente com essa realidade.

Violência urbana e a saúde mental

“A gente não dorme. Fecha o olho, mas a cabeça continua acordada, com medo do barulho do próximo tiro.” É desta forma que muitos moradores das periferias brasileiras descrevem o cotidiano marcado pelo medo.

Em comunidades onde o tráfico impõe regras, onde operações policiais são frequentes e o som de tiros se mistura ao de crianças brincando, a violência urbana não deixa apenas cicatrizes físicas. Certamente, ela também causa feridas na mente, comprometendo o emocional e a dignidade das pessoas.

O convívio constante com ameaças, mortes, silêncios forçados e insegurança crônica cria um ambiente onde ansiedade, depressão, insônia, traumas e até a sensação de aprisionamento emocional se tornam parte do dia a dia.

Para muitos, a sobrevivência mental é uma batalha silenciosa e solitária, que costuma causar grandes estragos para o indivíduo e, consequentemente, para o desenvolvimento de toda uma comunidade.

Embora a saúde mental de quem vive nesses territórios esteja em risco, o acesso ao cuidado psicológico é quase inexistente. A negligência do poder público e a ausência de políticas estruturadas tornam o sofrimento emocional ainda mais invisível.

O medo adoece. Por sua vez, a falta de acolhimento, de escuta e de acesso agrava o quadro.

Dessa forma, é necessário encontrar caminhos para mudar essa triste realidade, promovendo meios para proteger a saúde mental dessas pessoas, em um trabalho assistencial e multidisciplinar.

É nesse cenário que iniciativas como o Psicólogos Sem Fronteiras (PSF) atuam com compromisso e sensibilidade. Mas, na prática, como funciona o trabalho deste movimento para o suporte dos mais necessitados?

De forma gratuita, o PSF oferece apoio psicológico para pessoas em situação de vulnerabilidade em todo o Brasil, inclusive nas regiões mais afetadas pela violência urbana.

Presencialmente ou por meio da plataforma de telessaúde, psicólogos voluntários acolhem, escutam e ajudam a reconstruir o equilíbrio emocional de quem mais precisa.

Psicólogos Sem Fronteiras e as empresas

Mas a transformação vai além do cuidado individual de quem sofre com a violência urbana. O PSF também constrói pontes com empresas conscientes, que podem oferecer apoio psicológico para seus colaboradores e, ao mesmo tempo, com isso, ajudam no nosso trabalho de expandir nossos atendimentos gratuitos para um número cada vez maior de pessoa.

Consequentemente, isso forma uma rede de cuidado que conecta responsabilidade social, saúde mental e justiça emocional.

Enquanto tantos ainda vivem sob o eco de tiros e o peso das ameaças, o Psicólogos Sem Fronteiras escolheu estar presente com escuta, acolhimento e cuidado. Porque em tempos de violência, ninguém deveria caminhar sozinho.

Quer saber mais sobre o projeto e fazer parte dessa transformação? Então acesse o site http://www.psf.org.br ou fale diretamente com o PSF pelo WhatsApp: (61) 99673-1018 ou pelo e-mail contato@psf.org.br.

Foto de Frans van Heerden no Pexels

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